As denúncias envolvendo o segundo mandato do prefeito Vitor Lippi (PSDB) foram lembradas na manhã de ontem, na região central da cidade. Cerca de 20 militantes do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), realizaram uma manifestação com entrega de aproximadamente 4 mil panfletos com o título ‘100 dias de inércia, onde havia um balanço sobre os cem primeiros dias de mandato.
No texto, foram lembrados os episódios noticiados pela imprensa como os veículos Corolla oferecidos pela Toyota a secretários municipais; o caso da concessão de benefícios fiscais para a empresa que pertence à família do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Daniel de Jesus Leite (que renunciou ao cargo após o caso tornar-se público); a instalação de um escritório de Sorocaba na China, até a recente posição do poder público para gerenciar a crise, cortando gastos, segundo o texto do Psol, em áreas importantes para a população, como construção de creches, escolas e postos de saúde.
Mobilizar a população
A intenção é que a população não esqueça do que aconteceu e cobre do poder público, explicou o assessor de imprensa do deputado estadual Raul Marcelo (Psol), Rodrigo Chizolini. Além de trazer à tona a discussão com a população, os militantes também questionaram a postura do prefeito que, segundo Chizolini, é de quem não está vendo o que vem acontecendo. Foram cem dias de imobilismo, posicionou-se ele, contrário ao método anunciado pelo poder público para gerenciar a crise.
Como frisou, cortar investimentos na área social não é a única saída, e pontuou que esta é a hora para cortar ‘drasticamente, cargos de confiança e cobrar a dívida de especuladores imobiliários, falou o assessor.
Outra questão apontada pelos manifestantes refere-se à demissão de aproximadamente 7 mil trabalhadores na cidade desde dezembro e, que, segundo Chizolini, mesmo assim, as empresas que mais demitiram continuam recebendo isenção fiscal da Prefeitura, infringindo a legislação que permite a isenção apenas às empresas que geram emprego.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul