Contra a Corrupção no Metrô – Todos ao ato do dia 14 de agosto!
As recentes denúncias de formação de cartel nos contratos para as obras do metrô e trens do governo do Estado de São Paulo revelam a forma criminosa como o tucanato atua à frente do governo paulista.
Segundo a denúncia, as empresas foram contratadas para fornecer equipamentos com preços até 20% mais caros. O esquema seria antigo, envolvendo os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
O cartel atuou em várias licitações. Em São Paulo estão sendo investigados a extensão da Linha 2-Verde do Metrô, a construção da fase 1 da Linha 5-Lilás, o Projeto Boa Viagem, de modernização de trens da CPTM, a contratação da série 3000 (CPTM) e a manutenção das séries 2000 e 2100 (CPTM). Também estão sendo investigadas as obras de manutenção do metrô de Brasília, realizadas em 2007.
Diante das graves denúncias, a resposta de Alckmin é dizer que não sabia de nada, numa tentativa de se esquivar. Mas é muito pouco provável que um esquema tão grande de corrupção, que segundo as denúncias chegou a desviar 400 milhões de reais, tenha se efetivado sem o envolvimento direto de graduados agentes da administração pública.
O PSOL e seus mandatos sempre denunciaram as relações nebulosas entre os governos do PSDB e as empresas que prestam serviços ao Estado de São Paulo, nas mais variáveis áreas de atuação. No caso do Metrô, quando as denúncias envolvendo a Alston vieram a público em 2008, o mandato do deputado federal Ivan Valente exigiu publicamente que todas as denúncias fossem apuradas. Da mesma forma, a bancada estadual do PSOL esteve na linha de frente na luta pela criação de uma CPI sobre o caso. Proposta que foi engavetada pela base governista. Agora, frente aos novos escândalos, o PSOL e suas bancadas estão atuando firmemente pela apuração das denúncias e punição dos culpados, entre outras iniciativas, está o pedido de abertura de CPI apresentada pelo deputado estadual Carlos Giannazi na ALESP.
O propinoduto tucano deixa claro que os recursos públicos que deveriam ir para saúde, educação e mais transporte de qualidade, são desviados para atender aos interesses particulares e financiar suas campanhas eleitorais. Para isso, contam tanto com a maioria governista que impede qualquer tipo de investigação séria na Assembleia Legislativa quanto com o apoio da maior parte da chamada grande mídia que é leniente com o PSDB. Diante disso, só as mobilizações populares podem descortinar esse esquema de corrupção e exigir punição pra valer aos envolvidos.
Como se já não bastasse a forte repressão aos movimentos sociais levada a cabo por este governo, como foi a truculenta desocupação de Pinheirinho, a violenta ação da PM contra o protestos de junho que reivindicavam a revogação do aumento da tarifa, e o extermínio da juventude negra nas periferias da cidade. Como se já não bastasse as péssimas condições do transporte público em São Paulo, piorados pelas privatizações e terceirização dos serviços.
Presenciamos agora mais uma cena de descaso com o povo, com o superfaturamento das obras do metrô para alimentar um grande esquema de corrupção. Quantos quilômetros de metrô deixaram de ser construídos com essa roubalheira? Quantos reais a mais a população teve que pagar nas tarifas de transportes públicos para alimentar o lucro das empresas que montaram este cartel de corrupção no metrô de São Paulo?
Este novo escândalo faz crescer nas ruas o sentimento de indignação contra esse governo que, além de reprimir os movimentos sociais, impede a apuração de qualquer denúncia de corrupção, graças a maioria subserviente da Assembléia Legislativa do Estado.
O sentimento é de indignação e as ruas exigem mudança, por isso o PSOL reconhecesse a legitimidade e engrossa as fileiras dos movimentos que gritam pelo Fora Alckmin. É hora de irmos às ruas contra o governo Alckmin, exigir a mais completa investigação sobre o caso, a prisão dos corruptos e corruptores, o ressarcimento dos cofres públicos e a suspensão dos contratos de terceirização e privatização dos serviços.
O PSOL apoia e convida todos os seus militantes a participarem ativamente do ato marcado pelos movimentos sociais e pelo Sindicato dos Metroviários para o próximo dia 14 de agosto.
A militância do PSOL estará mais uma vez nas ruas, junto com o povo de São Paulo, para exigir respeito, transporte de qualidade e o fim da corrupção no metrô de São Paulo.
Diretório Estadual do PSOL SP