Nos dias, 19, 20 e 21 de abril aconteceu o seminário de reorganização do movimento sindical e popular brasileiro. Nós da Intersindical, da Conlutas, MTST e Pastoral Operária fomos protagonistas deste processo.
Participaram do seminário 156 militantes de 16 estados, com grande participação de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Entre os participantes estavam presentes representantes do PSOL, PSTU e PCB. Participaram, também, o MTL e vários setores independentes. Tivemos a presença na mesa de abertura do camarada Plínio de Arruda Sampaio, que empolgou a militância ao defender a construção de um novo instrumento de luta com todos os setores de esquerda.
Os três dias de debate foram muito importantes para o aprofundamento da discussão acerca da estratégia, princípios e caráter da central. Tivemos muitos consensos na nossa estratégia de luta e organização, mas não deixamos de pautar as diferenças entre os setores, principalmente no que diz respeito ao caráter da central. Dentro desse debate, nós da Intersindical, temos a compreensão de que a Central deve ser Sindical e deve envolver todos os setores da classe trabalhadora – formais, informais, precarizados, desempregados, aposentados – dispostos a construírem uma central sindical com princípios socialistas e democráticos, que dêem respostas aos anseios de nossa classe e aos desafios colocados neste momento histórico.
Alguns setores acham que a central deve ser mais ampla, englobando, também, o movimento popular e estudantil.
É fundamental levarmos esse debate para a base dos sindicatos em todos os estados do país. A construção da central é uma necessidade da classe trabalhadora, especialmente neste momento de enormes dificuldades, onde mais uma vez, as elites tentam jogar o ônus da crise mundial do capital sobre as costas dos trabalhadores e trabalhadoras. As diferenças que se expressaram no seminário são legítimas e devem ser encaradas como parte do debate da construção coletiva que iniciamos e que vai culminar com a fundação da Central.
A divergência principal é quanto ao caráter da organização que necessitamos construir. E a disposição demonstrada no Seminário por todos os setores é de que nos encontros e seminários que faremos, devemos envidar esforços para superar as diferenças e encontrar uma síntese – forma e conteúdo da organização – que responda às necessidades da classe.
Além dos seminários estaduais, decidimos fortalecer o Fórum da Reorganização Sindical e Popular e criar um Fórum de Mobilizações, mais amplo, que dê conta de agregar os diversos setores de forma orgânica em torno de uma plataforma de luta, numa perspectiva socialista.
Do Site da INTERSINDICAL