O juiz britânico Howard Riddle determinou, nesta quinta-feira, que o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, seja extraditado para a Suécia para ser interrogado sobre a acusação de crimes de natureza sexual. Assenge, já declararam que vai recorrer da decisão.
Os advogados do ativista, jornalista e editor australiano tem uma semana para recorrer. Caso o recurso seja negado, Assenge deverá ser extraditado em 10 dias para a Suécia. Assange afirma que tudo isto não passa de uma campanha destinada a denegri-lo, e a “punir” o fundador da WikiLeaks por ter revelado segredos embaraçosos para os EUA e seus aliados.
O juiz do Tribunal de Magistrados de Belmarsh, sul de Londres, não considerou válidas as alegações apresentadas pelos advogados de Assange, que apontavam erros graves na instrução do processo por parte das autoridades suecas. Por outro lado, o juiz considerou que as alegações de violação e abuso sexual feitas por duas mulheres são delitos que justificam a extradição e que o mandado da justiça sueca foi corretamente emitido.
O juiz também considerou improcedentes os argumentos de que uma extradição para a Suécia equivaleria a violar os direitos humanos do acusado. A defesa argumentava que existia o perigo de o fundador da WikiLeaks poder ser extraditado da Suécia para os EUA, onde poderia enfrentar a pena de morte por espionagem ou até a prisão em Guantánamo.
Os advogados afirmam que o seu cliente não terá a possibilidade de um julgamento justo na Suécia, onde se criou ambiente negativo que apresenta Assange como “o inimigo público número um”.
O ministério público sueco afirma que quer interrogar Julian Assange sobre crimes de natureza sexual cometidos em Agosto no país, contra duas voluntárias da WikiLeaks. Recorde-se que o fundador da WikiLeaks ainda não foi formalmente acusado de nada.