Jornal Agora – 1/3/2010
O preço dos produtos utilizados para prestar atendimento à população pode variar mais de 500% nos hospitais estaduais, que seguem um modelo terceirizado. Enquanto uma OSS (Organização Social de Saúde) contratada pelo governo compra um cateter por R$ 0,45, outra entidade, com a mesma função, paga até R$ 2,55.
Diferenças grandes também são observadas quando a comparação é feita com valores calculados pela BEC (Bolsa Eletrônica de Compras), que traz exemplos de negociações feitas pelo Estado em situações que exigem pregão. Uma ampola de clindamicina –medicamento usado para tratar infecção– pode custar mais que o dobro se comprada fora do pregão.
Os dados estão publicados em relatórios produzidos pela própria Secretaria de Estado da Saúde, responsável pela contratação das entidades, e referem-se às unidades hospitalares terceirizadas na Grande São Paulo. A reportagem teve acesso a seis desses documentos, com informações do período de janeiro de 2008 a junho de 2009.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que as variações apontadas pela reportagem estão relacionadas à diferenças de materiais nos produtos comprados ou a erros no preenchimento ou digitação dos relatórios trimestrais das OSSs (Organizações Sociais de Saúde).
fonte: Agora – 1/3/2010