O assassino confesso da missionária estadunidense Dorothy Stang, Rayfran das Neves Sales, mais uma vez será submetido a júri popular. O julgamento, que acontece nesta quinta-feira (10/12), na cidade de Belém (PA), atende a um pedido da defesa. Os advogados querem garantir a liberdade condicional de Rayfran. Em julgamento anterior, o réu confesso foi condenado a 27 anos de prisão. Destes, quatro já foram cumpridos.
A defesa também busca a redução da pena. Os advogados usarão como argumento o fato de Raifran ter afirmado que não houve recompensa para matar a missionária – contrariando o que ele mesmo afirmou em outros julgamentos. Se esse pedido for acatado pelo júri, o réu será condenado por homicídio simples – em que a pena máxima é de 20 anos – e não pelo homicídio qualificado.
Se a nova versão for aceita, os fazendeiros Regivaldo Pereira Galvão e Vitalmiro Bastos de Moura também serão inocentados de serem mandantes dos crimes. Eles já aguardam o julgamento em liberdade.
Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros em fevereiro de 2005. Ela atuava na defesa dos trabalhadores rurais e para a redução de conflitos agrários no estado do Pará, principalmente na região de Anapú, onde foi morta.
Fonte: Da Radioagência NP