Os seis deputados que compõem a Comissão Externa definida pela Câmara embarcam amanhã (30) para Honduras a fim de acompanharem a situação política na capital Tegucigalpa. Os deputados partem pela manhã para El Salvador em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e de lá seguem em vôo comercial para Honduras.
A visita dos parlamentares foi viabilizada junto ao Congresso Hondurenho em negociações diretas com a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, inclusive para a emissão do visto. Para o deputado Ivan Valente, proponente da criação da Comissão Externa, a missão pode significar um passo importante para o acompanhamento internacional às violações à democracia ocorridas com o golpe de Estado e trazer ao parlamento brasileiro informações mais precisas sobre a crise política que se instalou em Honduras e sobre a situação dos brasileiros e funcionários da embaixada.
“A missão é em defesa dos direitos humanos e pela paz”, afirmou o deputado. Para ele, houve violação constitucional no momento em que Manuel Zelaya foi deposto, além de, agora, o país estar sob suspensão de direitos públicos, como liberdade de circulação e de expressão. Ivan Valente destacou ainda que o Brasil foi agredido quando o governo interino cortou o abastecimento de água, luz e telefone (já restabelecido) e quando militares jogaram bombas de gás dentro da Embaixada. “Não reconhecemos aquele governo, mas busca-se a uma solução diplomática para a reconstrução da democracia em Honduras”.
Os deputados se reunirão com representantes da comunidade brasileira residentes em Honduras e manterão diálogo com o parlamento daquele país na perspectiva de verificar soluções para a crise política e garantir a inviolabilidade da embaixada brasileira.
Integram a comissão, além do deputado Ivan Valente, os deputados: Maurício Rands, Bruno Araújo, Marcondes Gadelha, Cláudio Cajado e Raul Jungmann. As despesas da viagem serão pagas pelos próprios deputados, sem o uso da verba indenizatória.