O PSOL repudia a ação da Polícia Militar que reprimiu violentamente uma manifestação pacífica que ocorria hoje, dia 7 de março de 2017, em frente ao prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), em função da pauta bomba que seria discutida no Conselho Universitário (CO).
Esta reunião do CO tinha como pauta aprovar a criação dos “parâmetros de sustentabilidade econômico-financeira da USP”, que prevê o estabelecimento de um teto para os gastos com folhas de pagamento, congelamento de salários e contratações, possibilidade de demissões e exonerações de docentes e funcionários técnico-administrativos e a posterior extinção dos cargos exonerados (impossibilitando novas contratações futuras).
Esta medida proposta ao CO prevê ainda que 40% do quadro de servidores devem ser compostos por docentes, contudo para atender a esta determinação seria necessária a demissão de mais de 5 mil funcionários da USP. Funcionários fundamentais para o pleno funcionamento da universidade em todas as suas funções (pesquisa, ensino e extensão), atividades estas que já são impactadas após uma primeira edição de um Plano de Incentivo a Demissão Voluntária (PIDV), ocorrido em 2015, que contou com o desligamento de 1.433 servidores.
Frente a este ataque à universidade pública, os setores organizados da USP convocaram um ato em protesto à pauta deste CO que seria votada sem amplo debate e de forma pouco democrática. Após uma brutal repressão pela Força Tática da Polícia Militar, alguns estudantes e funcionários foram feridos e encaminhados, sob ordem de prisão, ao Hospital Universitário (HU).
O Partido Socialismo e Liberdade repudia veementemente a ação da Polícia Militar e o processo de desmonte da universidade pública que está sendo implementado. Defendemos uma universidade pública, gratuita e democrática e nos disponibilizamos para apoiar os estudantes, docentes e funcionários que participaram do ato.