No domingo, 15/03, com a posse dos novos deputados estaduais, foi realizada a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP). Como já havíamos antecipado, apenas uma candidatura se opôs à maioria tucana: a do deputado do PSOL Carlos Giannazi.
Seguindo o exemplo que o PSOL deu na Câmara Federal, com a candidatura de Chico Alencar, Giannazi apresentou uma proposta de oposição de esquerda ao atual governo estadual.
Em um momento em que o país se polariza nas ruas, a ALESP deu mais uma demonstração da necessidade de superação deste modelo político. Todos os partidos se organizaram em torno da candidatura de Fernando Capez, do PSDB, incluindo o PT e o PCdoB. Restou a Giannazi a tarefa de apresentar um contraponto à política absolutista tucana.
Com o apoio do também deputado estadual pelo PSOL, Raul Marcelo, a candidatura cumpriu o papel de apontar problemas da atual legislatura e a necessidade de mudanças. Nas palavras do parlamentar: “Nosso trabalho será dobrado para enfrentar o conservadorismo e o rolo compressor da base governista que apoia, com fidelidade canina, o ajuste fiscal (arrocho salarial aos servidores), os cortes no orçamento da Educação, Saúde e Judiciário e o desmonte do estado representado pelas terceirizações, privatizações de equipamentos públicos e a extinção de institutos e fundações de pesquisas. Estaremos articulados com as forças vivas da sociedade e com os movimentos sociais para pressionar o parlamento paulista a representar os interesses da população”.
Fernando Capez, o candidato tucano, obteve 92 votos, enquanto Giannazi contou apenas com o seu e com o de Raul Marcelo, o que demonstra a fragilidade do sistema político atual, com os partidos mais interessados em cargos nas mesas diretoras do que em influenciar a política em favor da população.