Gilberto Maringoni fez ontem na Band sua estreia em debates eleitorais. Apesar da ausência do Alckmin, Maringoni conseguiu demarcar bem as críticas ao governo tucano e ainda se diferenciou tanto do governismo petista de Padilha como do velho PMDB de Skaf.
Maringoni abriu o debate criticando a privatização do Estado, disse que o problema hídrico, tem como principal responsável a privatização da Sabesp e criticou o sistema de financiamento das campanhas, pois as empresas que financiam acabam sendo sempre favorecidas na construção de obras.
Na sua primeira oportunidade de pergunta, Maringoni destacou que Alckmin recebeu 4 milhões de empresas investigadas por cartel do metrô e ressaltou a necessidade de uma Reforma Política que acabe com o financiamento privado de campanha. “O grande problema nosso é o financiamento de campanha e a distribuição de tempo na televisão. Enquanto a gente tiver o peso das empresas privadas nas campanhas e depois essas empresas vão fazer obra para o governador ou o prefeito, vamos ter essa disparidade”, disse Maringoni.
Quando questionado sobre a situação da educação em São Paulo, Maringoni fez questão deixar claro o compromisso histórico da Frente de Esquerda com a defesa do ensino público de qualidade, por mais verbas e valorização dos profissionais da educação. Em relação ao Ensino Superior, denunciou a crise das universidades públicas de São Paulo e o corte de verbas promovido pela gestão tucana. “Impedir desenvolvimento nessa área é impedir o desenvolvimento do próprio estado”.
Em uma discussão a respeito da segurança pública, o candidato do PSOL e da Frente de Esquerda criticou os programas produzidos por marqueteiros para o horário eleitoral. “Eu ontem vi os filmes, aqueles filmes contraluz, pareciam filmes de Gotham City. Estava só esperando em qual deles ia aparecer o Batman”, disse Maringoni, arrancando risos da plateia.
Maringoni criticou o fato de Alckmin, “um conservador”, e Padilha, “supostamente de esquerda”, apresentarem propostas inspiradas na polícia de Nova York (EUA) para a segurança.
As manifestações de junho de 2013 e a repressão policial também foram assuntos abordados no debate. Maringoni foi preciso em destacar que o PSOL e a Frente de Esquerda tem lado, e é ao lado dos movimentos sociais e de quem luta. Também deixou claro nossa posição contra a criminalização e repressão às manifestações. “Não dá para colocar a polícia para resolver problemas sociais e o governo não tem que ficar falando em reprimir”, afirmou, completando que protestar não é crime e que só a mobilização social muda o mundo.
E segunda-feira tem mais:
Maringoni está confirmado para o próximo debate, será nesta segunda, dia 25, às 17h45. O debate será promovido pelo SBT, Uol, Folha de S. Paulo e rádio Jovem Pan, será transmitido ao vivo pelo SBT e também pela internet.
O programa terá quatro blocos com três intervalos de cinco minutos. No primeiro, candidato pergunta para candidato. No segundo, jornalistas dos quatro veículos que promovem o debate farão perguntas a um candidato e escolherão outro para comentar a resposta, que terá direito a réplica. No terceiro, novamente perguntas livres entre os candidatos. Por fim, o quarto bloco será dedicado às considerações finais.