Decisão adotada pela presidência da casa foi apontada por lideranças de moradores de rua como forma de discriminação. O vereador do PSOL, Toninho Véspoli apoiou e esteve presente nas manifestações populares contra as restrições impostas pela medida. Matéria da Rede Brasil Atual.
São Paulo – A Câmara Municipal de São Paulo suspendeu a medida, adotada no último dia 6, que proibia a entrada de pessoas vestidas de shorts ou bermudas e calçadas com chinelos no prédio do Palácio Anchieta, sede do Legislativo, no centro da capital. O recuo foi decidido depois de a presidência da casa se reunir com o padre Júlio Lancelotti e lideranças de movimento de moradores de rua, no dia seguinte à proibição. Agora, a Câmara estuda a adoção de um sistema de identificação que não faça restrição aos trajes.
Horas antes da reunião, o padre, o vereador Toninho Véspoli (PSOL) e moradores de rua protestaram na Câmara. Vestidos com as roupas proibidas e de chinelos, eles promoveram um café no gabinete de Véspoli.
A proibição foi interpretada como uma forma de barrar os moradores de rua, que costumam usar os banheiros do prédio da Câmara e também tomar café na cozinha do primeiro andar do prédio. No entanto, segundo a assessoria da presidência, a medida tinha como objetivo evitar a presença de pessoas em trajes íntimos no prédio, mas não visava a limitar o acesso de qualquer grupo ao local.