O ano de 2012 ainda não chegou ao fim e certamente há muitas lutas pela frente. Mas já podemos afirmar com certeza de que esse já é um ano vitorioso para o PSOL. Enfrentando os efeitos da crise econômica global, o PSOL reafirmou saídas alternativas para que os trabalhadores não paguem a conta pelas turbulências na economia mundial. No Brasil, o PSOL reafirmou sua oposição às privatizações promovidas pelo Governo Dilma, lutando por mais recursos para as áreas sociais, como demonstrou o extraordinário engajamento de nossos militantes e parlamentares na luta pela garantia de 10% do PIB para a educação pública. Ao mesmo tempo, o PSOL firmou-se como referência na luta em defesa do meio ambiente, opondo-se de forma veemente às mudanças no Código Florestal e denunciando as alternativas da chamada “economia verde” e da mercantilização da natureza. Na luta pela transparência e ética na política, o PSOL reafirmou sua vocação de partido comprometido com o combate à corrupção, tendo sua bancada como a mais combativa e independente na “CPI do Cachoeira”, defendendo ampla apuração das irregularidades constatadas, doe a quem doer.
Nos últimos meses, nossa militância esteve dedicada a uma tarefa decisiva para o futuro do PSOL: as eleições municipais. Lutando contra máquinas eleitorais poderosas, nosso partido atingiu seu melhor resultado, praticamente dobrando o número de vereadores eleitos e elegendo seu primeiro prefeito em Itaocara, no Rio de Janeiro. Mas não foi só o aumento dos espaços institucionais que atestam a vitória do PSOL nessas eleições. O desempenho do partido na maioria das capitais e em várias outras cidades do país mostra que nosso partido tem se firmado como alternativa real de poder contra as velhas estruturas partidárias comprometidas com a manutenção do modelo de desigualdade que impera em nosso país. Prova disso é a eleição de vereadores em onze capitais: Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Maceió, Salvador, Natal, Fortaleza, Goiânia, Macapá e Belém, muitas vezes ampliando a bancada do partido em locais onde já contávamos com vereadores.
As vitórias políticas e eleitorais em cidades como Florianópolis, Fortaleza e, principalmente, no Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo, mostra que estamos credenciados para enfrentar os grandes partidos. Evidentemente, não enfrentaremos esses partidos em condições de igualdade. Contra o poder econômico, contamos com campanhas financiadas por militantes e pequenas e médias contribuições; contra o apoio da grande imprensa a nossos adversários, dispomos apenas de um pequeno tempo de TV; contra as grandes coligações dos partidos da ordem, contamos com alianças pautadas em princípios programáticos. Enfim, é nessas condições que alcançamos as vitórias eleitorais de 2012: um prefeito, 49 vereadores e a oportunidade real de venceremos as eleições em duas capitais no norte do país: Belém e Macapá.
Assim, já podemos considerar que nossa jornada foi muito bem-sucedida. Para torná-la ainda mais vitoriosa, trabalharemos para eleger Edmilson Rodrigues e Clécio Luís em Belém e Macapá. Destinaremos todos nossos esforços para assegurar que as elites que governaram essas cidades nos últimos anos sejam derrotadas. Nossa presença disputando o segundo turno em duas capitais já é, em si, uma vitória, mas não temos dúvidas de que conquistando em Belém e Macapá, o PSOL sairá ainda mais fortalecido como alternativa programática de esquerda e socialista às eleições de 2014.
Aos companheiros e companheiras eleitas, nossos parabéns e nossos votos de que estes mandatos estejam a serviço da luta dos trabalhadores e trabalhadoras. Aos que não se elegeram, nosso sincero agradecimento. Sem a dedicação militante de cada um de vocês, não teria sido possível alcançar todas essas vitórias.
Seguiremos firmes, e agora mais fortes, para fazer o PSOL a alternativa de mudanças que nosso país necessita. Para isso, nossos mandatos cumprirão um papel decisivo: o de servirem como porta-vozes de uma saída democrática, popular e socialista para o Brasil.
Dep. Ivan Valente
Presidente Nacional do PSOL