Com abertura de processo sobre a cassação do senador Demóstenes Torres, torna-se urgente uma campanha nacional pela votação imediata da PEC que institui o voto aberto na Câmara e no Senado.
O voto secreto facilitou a vida dos parlamentares que livraram a cara de políticos como a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN/DF), flagrada em caso notório de corrupção.
Agora é a vez do Demóstenes Torres que poderá ter o pedido de cassação de seu mandato submetido a voto no plenário do Senado, a depender da evolução do seu processo no Conselho de Ética.
O PSOL luta pela inclusão imediata na pauta de votações do Plenário da Câmara da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349/01, que institui o voto aberto nas duas casas do Congresso.
A PEC contra o voto secreto foi aprovada em primeiro turno em 2006, por 383 votos a favor, nenhum contra e duas abstenções, mas desde então encontra resistência para ser aprovada em segundo turno.
Na época a Câmara tinha acabado de votar os casos dos deputados envolvidos no mensalão, e como houve mais absolvições que condenações, havia uma grande pressão popular pelo voto aberto. A questão central é que a campanha pelo fim do voto secreto tem de ser antes, e não depois, que mais um político notoriamente envolvido em corrupção seja levado a voto no plenário, só assim o povo brasileiro poderá saber exatamente como votou cada parlamentar e cobrar também daqueles que são coniventes com a corrupção.