O PSOL protocolou, nesta terça-feira, 3 de abril, na Câmara dos Deputados, documento em que pede a investigação pela Corregedoria da Casa das relações entre os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB/GO) e Sandes Júnior (PP/GO) com o bicheiro e contraventor Carlos Cachoeira. O documento foi entregue ao presidente Marco Maia.
O líder do PSOL, deputado Chico Alencar, não descartou a apresentação de representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, mas disse que vai, num primeiro momento, aguardar ação da Corregedoria. “Não vamos fazer cara de paisagem. A instituição tem de estar empenhada na investigação disso tudo e o partido não titubiará em ir ao Conselho de Ética, tendo mais elementos”, disse.
O documento cita o inquérito da Procuradoria Geral da República para investigar o senador Demóstenes Torres e os deputados Carlos Leréia e Sandes Júnior. Os dois deputados goianos tiveram conversas gravadas pela Polícia Federal em que falam de depósitos suspeitos de altas quantias de dinheiro. As escutas telefônicas indicam “relações suspeitas e transações obscuras” entre Leréia e um dos chefes da organização de Cachoeira, além de “conversas suspeitas” entre Júnior e o contraventor, acusado de chefiar a máfia de caça-níqueis de Goiás.
Membros da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção também participaram da reunião com o presidente da Câmara. O coordenador da Frente, Francisco Praciano, reiterou a solicitação feita na semana passada para que a Casa tenha conhecimento dos fatos envolvendo os parlamentares.
O presidente do PSOL, deputado Ivan Valente , informou também que o partido avalia apresentar pedidos de investigação de outros parlamentares envolvidos com Carlos Cachoeira – denúncias que foram divulgadas pela imprensa, mas que ainda não teve manifestação da PGR. “É preciso juntar mais precedentes neste sentido para abertura de investigação”.
Com informações da Agência Câmara.
Foto: Jorge Guimarães / Liderança do PSOL.