Os professores da rede municipal de ensino decidiram em Assembleia realizada na tarde de hoje (4 de abril) na Praça do Patriarca pela manutenção da greve da categoria. A mobilização é uma das mais fortes já feitas pelos professores da cidade de São Paulo, mostrando que a categoria está disposta a lutar pelos seus direitos. O deputado federal Ivan Valetnte e o deputado estadual Carlos Giannazi estiveram presentes no ato manifestando solidariedade ao movimento. Veja matéria publicada no site da Folha sobre a greve.
RICARDO BUNDUKY FILHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os professores municipais de São Paulo decidiram manter a paralisação da categoria, após assembleia realizada nesta quarta-feira, na praça do Patriarca, região central de da cidade.
De acordo com a o Sinpeem (sindicato dos profissionais do ensino municipal de SP), as propostas discutidas com a prefeitura na assembleia foram insatisfatórias e não houve acordo.
A greve começou na segunda-feira. Na tarde de hoje, cerca de 6.000 pessoas se reuniram na Praça da Patriarca, de acordo com estimativa do sindicato, ou 1.500, segundo a medição da PM.
Entre as reivindicações dos professores municipais estão a antecipação de reajustes salariais previstos para os próximos dois anos, regulamentação da aposentadoria especial do magistério para readaptados, criação do cargo de assistente de direção para os CEIs (Centro de Educação Infantil) e redução da jornada de trabalho sem redução de salários.
Os professores também protestam contra a a decisão da Justiça de manter as creches e pré-escolas abertas durante as férias de janeiro.
Em nota, a Secretaria da Educação disse que os funcionários do ensino tem recebido a atenção da prefeitura com gratificações e abonos complementares, e que o piso salarial de RS2.600, 00 é um dos maiores do país.
A secretaria afirmou que defende as férias na Educação Infantil e tem recorrido das decisões judiciais por acreditar que é o mais adequado para as crianças, além de ser a época mais adequada para concessão de férias para a maioria dos funcionários.
Levantamento do Sinpeem (sindicato dos profissionais no ensino municipal de SP) aponta que 60% das 1.434 unidades educacionais tenham sido afetadas pelo protesto. Já a secretaria aponta apenas 10% das unidades afetadas. As negociações estão e permanecerão abertas, acrescentou a pasta.