Segundo informações do site Opera Mundi, os 13 manifestantes presos após um ato contra a visita do presidente do EUA Barack Obama foram soltos na manhã de hoje, 21. Militantes que participaram do ato na Embaixada dos Estados Unidos foram presos após o termino do ato de maneira abusiva pela Polícia Militar e foram encaminhados rapidamente para presídios. Entre os presos estavam uma senhora de quase 70 anos que passava pelo local e um estudante, filiado ao PSOL, de 16 anos. Eles foram solto por um Habeas Corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
O recurso foi apresentado à Justiça no fim da tarde de domingo (20/03), após o pedido de revogação de prisão ter sido indeferido pela juíza Virginia Lucia Lima da Silva, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Segundo o presidente regional do PSTU e ex-deputado federal, Cyro Garcia, o grupo vai processar o Estado brasileiro. O partido – do qual fazem parte 10 dos 13 detidos – alega que as prisões foram “arbitrárias” e “injustas”, além de ser “desumano” o tratamento que eles receberam após serem presos. “Quando eles saírem, vamos responsabilizar o Estado”, disse Garcia ao Opera Mundi.
Entre os presos há trabalhadores, estudantes, donas de casa, aposentada e um menor de 16 anos. “Nenhum deles teve participação em atos de vandalismo. A prisão não foi feita em flagrante, foi realizada quando estavam indo embora. Foi uma prisão política”, afirmou.
No protesto de sexta-feira, um vigilante do prédio do Consulado norte-americano no Rio de Janeiro ficou ferido, atingido por um coquetel molotov. Na avaliação do presidente do partido no Rio, o artefato foi uma provocação feita pelos elementos infiltrados no ato com objetivo de “jogar a repressão contra a manifestação pacífica” que estava sendo realizada.
Cabeça raspada
Depois de serem presos, os homens foram levados para o presídio de Água Santa, na zona norte da capital fluminense e tiveram a cabeça raspada. As três mulheres do grupo foram levadas para Bangu 8, na zona oeste da cidade. O jovem estava detido no Instituto Padre Severino, destinado a menores infratores. Eles foram enquadrados por tentativa de incêndio e lesão corporal e são considerados criminosos comuns.
Os militantes contaram com a ajuda de uma grupo formado por parlamentares liderado pelos senadores Randolfe Rodrigues(PSOL) e Lindberg Farias (PT), os deputados federais Chico Alencar (PSOL), Jean Wyllys (PSOL) e Stepan Nercessian (PPS), além dos deputados estaduais Janira Rocha (PSOL), Marcelo Freixo (PSOL) e Robson Leite (PT). Foi realizado também um abaixo-assinado pela libertação dos 13.