Mesmo com o fim da greve dos servidores do judiciário, o professor e deputado estadual Carlos Giannazi continua a luta, na Assembleia Legislativa, pela instalação da CPI do Judiciário de São Paulo. Ele já colheu 29 assinaturas para o seu requerimento de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e faltam apenas as assinaturas de mais três deputados para oficializar este pedido. “Com a CPI vamos fazer uma profunda investigação, uma verdadeira devassa no judiciário com a finalidade de investigar as graves denúncias que recebemos dos servidores e suas entidades representativas”, comentou Giannazi.
Ele também está organizando uma frente de deputados para garantir, durante a aprovação do Orçamento de 2011 — que será votado em novembro deste ano — , o atendimento das reivindicações salariais dos servidores pelo reajuste de 20,16 %. “Se o Orçamento não contemplar esse reajuste, vamos obstruir a votação e a ALESP não poderá entrar em recesso parlamentar. São Paulo vai parar sem orçamento para 2011,” disse o parlamentar, que também apresentou um projeto de lei obrigando o redirecionamento das custas judiciais e extrajudiciais para o Tribunal de Justiça de São Paulo a fim de que esses recursos fiquem no poder judiciário e sejam utilizados na valorização dos servidores. Esse projeto garante uma parcial independência financeira do TJ em relação ao poder executivo, que hoje fica com esses recursos e não os repassa ao judiciário.
Giannazi continua cobrando do CNJ uma inspetoria e audiência pública para investigar as diversas denúncias de irregularidades no TJ-SP. Exige também a imediata aprovação, pela ALESP, do PL 479/04 (reposição das perdas salariais) e segue utilizando a tribuna e a TV ALESP para pressionar pela valorização dos servidores através do respeito aos seus direitos e da sua dignidade.