Na noite desta quinta-feira, 12, Paulo Bufalo do PSOL mostrou que em São Paulo existe uma opção para mudar de verdade o nosso estado. Paulo participou do primeiro debate entre os candidatos ao governo paulista, promovido pela Rede Bandeirantes.
Paulo se diferenciou ao colocar no debate a questão programática e não soluções gerenciais. Afirmou a necessidade de se mexer com a gestão da dívida pública, com a defesa do SUS com gestão e administração do estado e ao combater as privatizações.
“Prioridade se mede com investimento, não no discurso. Não adianta os meus adversários falarem que vão melhorar a educação, pois todos eles querem para manter essa verdadeira bolsa banqueiro que é o pagamento da dívida pública. E por isso não terão dinheiro para os investimentos sociais”, explicou Paulo Bufalo sobre a mensagem que passou no debate.
Logo na sua primeira intervenção Paulo Bufalo comentou o absurdo que é a dívida pública paulista e maneira como o governo tucano vem gerindo. E propôs: “no nosso governo vamos fazer uma auditoria para saber o que realmente é necessário pagar das dívidas do Estado de São Paulo”.
Candidatos do PSOL Ivan Valente (deputado federal), Carlo Giannazi (deputado estadual) e Marcelo Henrique (senador) assistem o debate no estúdioEm 1997, o governo estadual e o governo federal, na época ambos nas mãos do PSDB, fizeram um acordo de transferência da dívida pública paulista. Cerca de 50 milhões de reais da dívida paulista foi assumido pelo governo federal, porém o Estado de São Paulo deveria pagar essa dívida para a União e com juros. E que juros! Com a desculpa de pagar a dívida pública, os tucanos venderam todo o patrimônio do povo paulista, privatizando o Banespa, as estradas, a telefonia, a eletricidade e, recentemente, venderam até a Nossa Caixa. Com esse crime contra o povo do nosso estado, arrecadaram cerca de 80 milhões de reais.
Mas por conta do acordo com a União, feito por FHC e mantido por Lula, a dívida pública paulista está hoje em 160 bilhões de reais! Isso pagando todo ano quantias dezenas de vezes superiores aos investimentos em assistência social ou habitação. Neste ano, por exemplo, o governo dos tucanos pagará só com os juros R$ 9 bilhões, três vezes mais do que o gasto com a educação no nível médio.
Paulo Bufalo também criticou a falsa eficiência de gestão do PSDB, como é o caso da construção do Metrô. “No ritmo de construção do PSDB só em 2070 nós vamos ter 200 km de linhas de metrô como existe na Cidade do México ou em Paris”. Paulo também lembrou que a tão propagandeada Linha Amarela do Metrô, tivera sua inauguração prometida para a época da eleição anterior e até agora só funciona, de maneira experimental e com horário reduzido, entre duas estações.
Somente o candidato do PSOL realmente polarizou o debate. Todos os demais adversários representam um mesmo projeto geral para o Estado de São Paulo.
A diferença entre os candidatos podia ser notada até nas roupas. Paulo foi o único a não vestir gravata no debate. “Nós do PSOL não estamos de gravata, porque fazermos política de forma diferente. Nós não aceitamos dinheiro de banqueiros, empreiteiras ou do agronegócio. Por isso temos independência para mudar São Paulo que não muda!”.
Veja algumas fotos do debate.
Paulo Bufalo, momentos antes de começar o debate
Paulo Bufalo na bancada do debate, próximo de Boris Casoy e adversário.
Paulo Bufalo é entrevistado pelo CQC. O assunto principal? Gravatas.
Como Plínio, Paulo Bufalo começou a furar o bloqueio da mídia com a participação no debate
