O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) pretende ajuizar ações na Justiça para exigir que o estado seja condenado a ressarcir despesas médicas
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) pretende ajuizar ações na Justiça para exigir que o estado seja condenado a ressarcir despesas médicas que professores – feridos pela polícia do então governador José Serra (PSDB) – tiveram, além de uma indenização por danos morais.
Em greve desde o dia 08/03, os manifestantes sofreram diversos atos de violência por parte da polícia de Serra contra os grevistas, principalmente na manifestação ocorrida no dia 26/03, quando 16 pessoas ficaram feridas por ataques de bombas de efeito moral e golpes de cassetetes.
“Diversos professores foram feridos com a violenta atitude da Polícia Militar, que covardemente utilizou vários instrumentos de repressão contra a categoria que, pacificamente, realizavam sua manifestação”, diz o documento da Apeoesp, que orienta os professores feridos a procurem os advogados do Sindicato e das subsedes com provas das lesões sofridas, relatório e receituário médico, entre outros.
A categoria realiza nova assembleia na próxima quinta-feira, 08/03, na Avenida Paulista, seguida de passeata. Será a sexta manifestação desde o início da paralisação, sem que o governo do então governador José Serra – que renunciou ao cargo para a disputa da presidência da República – tenha aberto negociação. A categoria reivindica 34,3% de reposição, entre outros benefícios.
A Apeoesp denuncia que os professores que aderiram ao movimento estão sendo ameaçados com perda de emprego. Segundo a entidade, eles precisam formalizar através de documento que estão em greve “para que não reste dúvidas de que a ausência ao trabalho está se dando em função da adesão à greve e não por outro motivo qualquer”.
O departamento jurídico da Apeoesp tem recebido informação de que diversas chefias estão comunicando formalmente os professores de que eles teriam extrapolado o limite de 15 faltas consecutivas, afirmando que estes professores estão sujeitos a responder processo administrativo por abandono de função. A Apeoesp considera esta atitude como “tentativa de intimidação aos professores grevistas.”
fonte: Brasília Confidencial