Na manhã de hoje, dia 19 de novembro, diversas organizações do movimento social e negro protestam contra a violência policial que tem vitimado a juventude empobrecida, sobretudo negras e negros.
Este ato foi uma ação de denúncia contra as arbitrariedades da política oficial de repressão no estado. Cumpriremos nosso papel, enquanto cidadãos e enquanto movimentos da sociedade civil organizada, ao ocupar os espaços de diálogo e cobrança existentes neste estado democrático de direito.
Exigiremos a responsabilização do Estado e a execução de um conjunto de ações urgentes, sob pena – pela omissão dos que receberão o documento – de continuarmos assistindo à matança de nossos jovens.
Entre as reivindicações, destacamos a revisão imediata dos programas de ação afirmativa e/ou programas de inclusão social dirigidos a população pobre, negra e indígena, vigentes nas universidades públicas estaduais (USP, UNESP e UNICAMP), como uma alternativa de combate às desigualdades raciais e sociais.
Outra exigência é a realização de Audiência Pública, em Plenário da ALESP, sobre o Genocídio da Juventude Negra e a Violência do Estado, com a presença do Governador, do Secretário de Segurança Pública, do Comandante-Geral da PM, da Delegada de Crimes Raciais e representantes de organizações sociais.
Pedimos ainda, entre outras ações, a revisão – com a participação efetiva dos movimentos populares – dos conteúdos dos cursos de formação para todos os quadros e patentes da PM e critérios de promoção e implantação do Programa Permanente de Treinamento para a Diversidade e Enfrentamento do Racismo.
Lembramos que, desde Palmares, a luta do povo organizado trouxe significativas contribuições para o combate ao racismo e o fim da opressão. A Semana da Consciência Negra é o momento de ocupar as ruas e pressionar os governantes, cobrando maior vontade política no trato dos problemas que afetam a população negra, sobretudo jovens e mulheres.
Com informações da Uneafro