A queda de Eduardo Cunha, pela expressiva votação de 450 votos contra 10, talvez não tivesse acontecido se o PSOL não existisse. A bancada de parlamentares do Partido foi responsável por encabeçar algumas medidas que tornaram possível esse momento de cassação de um dos maiores articuladores da política conservadora do país nos últimos anos.
Destacam-se, entre outras medidas, duas ações fundamentais: a defesa pelo voto aberto dos deputados e a campanha pelo Fora Cunha.
Desde muito tempo, a defesa pela transparência nas ações de parlamentares é base da atuação do PSOL. Não faz sentido, na opinião do partido, que representantes do povo possam guardar segredo de suas posições, por isso defendemos e atuamos com tanto afinco na Frente Parlamentar pelo Voto Aberto. Hoje, se o voto dos deputados fosse secreto, Cunha teria utilizado toda sua influência para evitar a cassação – e muito provavelmente estaríamos lamentando, e não comemorando, o resultado da votação.
No meio de um conturbado cenário político em que as forças que apoiavam o governo de Dilma Rousseff se digladiavam em torno do poder, o PSOL acertou ao eleger Cunha como o principal foco de suas ações. Ao se eleger presidente da Câmara, o deputado carioca se colocou em uma posição de poder inimaginável, de onde conseguiu conduzir um processo de destruição profunda de pilares da democracia brasileira, como a minirreforma eleitoral que diminuiu o tempo de exposição dos partidos pequenos e a redução da maioridade penal.
Não fosse a combatividade do PSOL e de alguns parlamentares de outros partidos, o estrago teria sido muito maior.
Em todas as cidades do país há políticos como Eduardo Cunha, que dão as cartas e mandam as cobranças e que manipulam as estruturas para fazer seu programa ser implementado. É preciso eleger cada vez mais bancadas aguerridas e combativas como a de deputados do PSOL.
Conheça todas as candidaturas do PSOL no estado de São Paulo, se envolva nas campanhas e ajude a construir a luta contra os desmandos dos grandes manipuladores da política nacional.