O deputado estadual Professor Carlos Giannazi foi o único membro da oposição a se erguer contra o absolutismo tucano na Assembleia Legislativa; sua candidatura terá forte apoio de Raul Marcelo, também deputado estadual pelo PSOL.
No próximo dia 15 de março acontece a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. A exemplo do que ocorreu em Brasília, quando Chico Alencar foi candidato na Câmara dos Deputados, o PSOL apresentará em São Paulo a candidatura de Carlos Giannazi à presidência da mesa.
Frente a um cenário em que PT e PSDB selaram acordo em torno da distribuição de cargos na mesa diretora, a candidatura de Giannazi representa a postura que o PSOL tem adotado em sua ação parlamentar: fazer oposição de esquerda e se apresentar como alternativa ao modelo de poder atualmente existente. Todos os outros partidos estão unificados em torno da candidatura de Fernando Capez, candidato mais votado nas eleições passadas. Com discurso conservador e policialesco, sua eleição representará um cenário pior para o parlamento paulista nos próximos anos.
Para Giannazi, “essa legislatura que está terminando é muito ruim. Mas a que vem é pior aiinda. A base governista aumento muito. A oposição será triturada, massacrada, porque vai ter a bancada da bala, a bancada homofóbica, fundamentalista.”
A candidatura do deputado estadual do PSOL se apresenta, portanto, com um contraponto ao tradicional aliancismo em torno de cargos tão em voga na política paulista, pois a “ALESP não passa de um departamento, um cartório do Palácio dos Bandeirantes, pronto para homologar todos os projetos e decisões do governador. Aqui quase não se legisla, não se fiscaliza e não há de fato representação dos verdadeiros interesses da população. O Parlamento paulista trabalha de costas para a cidadania”, disse Carlos Giannazi.