O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) terá o deputado Chico Alencar (RJ) como candidato à Presidência da Câmara dos Deputados. A decisão da bancada do PSOL (que na próxima legislatura contará com cinco deputados: além de Chico Alencar, Ivan Valente/SP e Jean Wyllys/RJ, entrarãoEdmilson Rodrigues/PA e Cabo Daciolo/RJ) busca expressar não os interesses corporativos, “mas da sociedade na sua diversidade, nas suas carências e na afirmação de seu protagonismo”.
O PSOL avalia que uma candidatura à Presidência da Câmara precisa estar em sintonia com as demandas mais sentidas da população – qualidade na saúde, na educação, no transporte público e na garantia de uma vida digna. No entanto, “o cidadão se vê ameaçado em seus direitos e é levado à crescente descrença na institucionalidade política – percebida como espaço de negociatas e promoção patrimonialista, fisiológica e individualista”, conforme avalia Chico Alencar.
De acordo com o líder do PSOL, deputado Ivan Valente, a candidatura de Chico Alencar “é o resgate de ética na política, certeza de administração honesta e defesa de uma pauta legislativa a favor dos trabalhadores e do povo”.
Para Chico Alencar, “o PSOL está empenhado na construção da democracia de alta intensidade, que combine a representação partidária com a participação popular direta. Acreditamos que muitos parlamentares, pensando mais nos anônimos que os elegeram do que nos poderosos que eventualmente os financiaram, possam ser sensíveis à nossa plataforma de resgate da representação e em defesa de uma pauta progressista”.
Na avaliação de Jean Wyllys, as três candidaturas já existentes – Eduardo Cunha (PMDB), Arlindo Chinaglia (PT) e Júlio Delgado (PSB) – não representam o que o PSOL acredita serem propostas que estejam em sintonia com as demandas da população ou que associem a representatividade partidária com a participação popular, algo que é fundamental para uma democracia plena. “Não identificamos, em nenhuma das três candidaturas, propostas claras que tornem a Câmara dos Deputados permeável ao diálogo com outras instituições da sociedade civil organizadas. Nós, do PSOL, temos um compromisso com uma pauta progressista que precisa ser discutida no âmbito da Casa do Povo e que também não foi identificado nas candidaturas existentes, e nisto incluímos a necessidade de uma reforma política; os direitos sexuais e reprodutivos da mulher; a democratização da comunicação; a taxação das grandes fortunas; a criminalização da homofobia; a legalização e regulamentação da maconha; e a regulamentação do trabalho das/dos profissionais do sexo, entre outros temas”, pontua Jean.
Fonte: Liderança do PSOL na Câmara