Em pronunciamento feito nesta semana na tribuna da Assembleia Legislativa, o professor e deputado Carlos Giannazi reafirmou a denúncia que já vem fazendo desde 2007 de que existem, na rede estadual de ensino, 70 escolas de lata, que contrariam todas as normas pedagógicas de adequação e conforto para que se estabeleça nelas uma relação ensino/aprendizado minimamente saudável e produtiva. Na opinião do parlamentar — que é diretor licenciado de escola pública — e de outros especialistas, essas escolas, batizadas pelo governo estadual de ‘Projeto Nakamura’, são quentes demais no verão e muito frias no inverno, não possuem tratamento acústico e prejudicam por completo o processo de ensino.
O parlamentar já levou essa grave situação à Comissão de Educação e Cultura da ALESP, da qual é membro titular, bem como ao Ministério Público Estadual. No entanto, até agora, a SEE não transformou os prédios inadequados e metálicos em estruturas de alvenaria.
“ Em plena e urgente necessidade de se investir pesadamente no presente e futuro da sociedade por meio da Educação não podemos mais aceitar que milhares de crianças e professores sejam desrespeitados e colocados em estruturas de lata, precárias, totalmente incompatíveis e inadequadas aos propósitos de uma escola, e isso acontece no estado mais rico da federação”, aponta Giannazi, citando exemplos como as escolas estaduais Gaivotas I, II e II , a região do Cocaia; a EE Airton Senna, em Parelheiros, a EE Hilda Ferraz Kfouri, no Jd. São Bernardo/Jd Icaraí; a EE Solange Landeiro de Aguiar, no Campo Limpo; a EE Condomínio Carioba, também no Grajaú, entre outras.
É urgente que o governo, segundo Giannazi, ataque esse problema com planejamento e eficiência no gasto público, e acabe de vez com as escolas de lata que ainda restam da rede estadual pública de ensino.