No dia 27 de outubro a maioria dos membros do Conselho de Ética resolveu, por 7 votos contra 2, encerrar os trabalhos sobre a investigação das denúncias de vendas de emendas parlamentares, com o envio de um relatório protocolar e incompleto ao Ministério Público Estadual sem que contenha nele os depoimentos de deputados citados em supostos esquemas de propina ou prevaricação, segundo o deputado Carlos Giannazi.
Na opinião do parlamentar — autor do requerimento redigido ao Conselho para que este abrisse as investigações —, a sociedade, a imprensa e o conjunto dos deputados ficaram extremamente frustrados e decepcionados mais uma vez com a Assembleia Legislativa e, no caso, com os trabalhos do CE. “ Nada se apurou de fato, porque não houve empenho da base governista para se investigar absolutamente nada nem ouvir pessoalmente ninguém ”, disse Giannazi, referindo-se aos depoimentos por escrito enviados ao Conselho pelos deputados Bruno Covas e Roque Barbiere, este autor das denúncias.
Giannazi participou de todas as reuniões do Conselho de Ética mesmo não sendo membro titular. Nelas apresentou requerimentos pedindo a convocação de deputados, membros do poder executivo e outros parlamentares para que comparecessem na ALESP a fim de explicar supostos envolvimentos em irregularidades relacionadas às emendas parlamentares. “A tropa de choque do Palácio dos Bandeirantes blindou a todos que poderiam dar depoimentos importantes no Conselho de Ética”, argumentou.
O próximo passo da Oposição, da qual a bancada do PSOL faz parte, é colher mais 2 assinaturas de deputados para que a Casa, com as 32 assinaturas regimentais, possa instalar a CPI das Emendas.
Do site do deputado estadual Carlos Giannazi