Por Israel Dutra
Os grandes fatos na luta de classes dividem águas. A esquerda se une e se separa de acordo aos acontecimentos de grande vulto, como guerras e revoluções.
A revolução árabe, que já conquistou o fim de dois regimes tirânicos, corre um grave perigo. A luta que acontece nos campos e cidades da Líbia deve decidir os rumos da presente onda de luta no mundo árabe. Por um lado , Kadafi aumenta sua máquina estatal mortífera, financiada com seus petrodólares. De outro, o imperialismo ameaça com suas garras, como forma de contornar a situação, estabilizando a região insurgente. No meio do caminho, milhares de ativistas, revolucionários, inspirados no Egito e na Tunísia, que conformam com todas as dificuldades, um exercito popular, disposto a matar ou morrer para derrubar a ditadura.
Lamentavelmente, todo um setor da esquerda, por miopia ou má fé, segue apostando suas fichas na confusão. Ao não colocar como tarefa a derrota militar de Kadafi, atua no campo da hesitação. É hora de refletir sobre as posições que hesitam. Na Líbia, os rebeldes precisam de nossa solidariedade, nosso apoio de todo o tipo, para jogar na lata do lixo a bizarra dinastia Kadafi. Quando mais a esquerda vacila, mais o imperialismo busca espaço para suas manobras. Quem é de esquerda não pode estar com Kadafi!