O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou alta de 0,83% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (8). É a maior taxa desde abril de 2005 (0,87%).
Nos últimos 12 meses, o índice está acumulado em 5,99%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (5,91%).
Segundo alguns economistas, o avanço da inflação é um dos principais desafios a ser enfrentado pela presidente Dilma Rousseff. Com inflação alta, os juros podem subir.
Para tentar controlar a inflação, o governo faz uso da política monetária, através da taxa básica de juros, a Selic. Ao elevar os juros, o objetivo é desestimular o consumo e, assim, evitar que os preços subam.
Na primeira reunião do governo Dilma, em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu elevar a taxa de juros de 10,75% para 11,25% ao ano.Com isso, o Brasil reforçou a liderança no ranking dos maiores juros do mundo.
A projeção do mercado financeiro para a taxa Selic no fim de 2011 é de 12,5%.
Para este ano, o centro da meta de inflação perseguido pelo BC é de 4,5%. Previsões do mercado, porém, apostam que o índice chegará a 5,66%. Em 2010, os preços subiram 5,91%, a maior alta desde 2004.
O centro da meta pode ter variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, a inflação poderia ir de 2,5% a 6,5%. O índice de 4,5% é chamado de centro, pois está bem no meio dos extremos.
Índice
O IPCA refere-se às famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém), além do município de Goiânia e do Distrito Federal.
Da Redação do UOL – 08/02/2011 – 09h05