O primeiro bloco do debate realizado pela TV Globo nesta terça-feira, dia 28, foi aberto pelo candidato do PSOL Paulo Bufalo. Ele perguntou ao candidato Geraldo Alckmin (PSDB) sobre como o candidato tucano enfrentará a questão das paralisações e greves em seu governo.“Hoje o funcionalismo publico é obrigado a paralisar e fazer greve para defender direito a salário digno no Estado de são Paulo”, destacou Bufalo.
Na resposta, Alckmin não quis entrar em detalhes sobre gestões anteriores. Afirmou que em seu período de governo “quase não tivemos greve” em São Paulo, “especialmente no magistério”, disse. Segundo o tucano, o Estado tem valorizado os salários e a carreira do funcionalismo público “Temos projeto habitacional no centro de São Paulo, com financiamento para os funcionários civis; capacitação permanente e continuada”, disse.
O então governador Geraldo Alckmin vetou o aumento de verbas para a educação como um todo aprovado pela Assembleia Legislativa de SP. Como conseqüência, houve uma das maiores greves na USP, Unesp e Unicamp para que o veto fosse derrubado, o que não foi possível. Como pretende valorizar os salários dos professores sem aumento de verbas para a Educação?
Na réplica o candidato do PSOL aproveitou para desmentir o tucano. “Sou professor e servidor público. E confesse que gostaria muito de ter esses benefícios. Essa não é a realidade dos últimos 16 anos”, afirmou Bufalo. Aqui quando os funcionários públicos “vão negociar, são recebidos com o cassetete na mão. Essa não é a realidade que nós vemos. É preciso avaliar o conjunto da obra do partido que governa o Estado” , concluiu em referência aos 16 anos de governo do PSDB.