Mais um artigo muito interessante sobre a trajetória do Plínio. Rodrigo Viana, apesar de declarar que provavelmente não votará no Plínio (ainda há tempo para que ele mude de ideia), resgata a trajetória recente deste histórico militante socialista, vale a pena conferir.
O Plínio (PSOL) entrou no radar dos tuiteiros e da imprensa em geral, depois da boa atuação no debate da “Band”. Foi como se o Plinio tivesse sido descoberto agora. Engraçado isso.
O candidato a presidente pelo PSOL, aos 80 anos, é das poucas lideranças (com a incômoda companhia de Sarney, talvez) que já faziam política partidária antes de 64, e seguem na ativa até hoje. Plinio era deputado pelo velho PDC (Partido Demcrata Cristão) antes do golpe. Apoiava Jango, foi cassado na primeira lista depois do golpe.
Não tenho simpatia pelo PSOL, mas gosto muito do Plinio. Peço licença para algumas reminiscências. Eu o conheci pessoalmente em 88. Plinio tinha disputado a vaga de candidato do PT a Prefeito de São Paulo, com apoio da ala majoritária do partido (Lula e Dirceu incluídos); era considerado um “moderado”. Acabou derrotado por Luiza Erundina, tida como “radical”. O que fez? terminada a prévia, correu pro comitê de Erundina e declarou apoio aberto, total. Ao contrário de setores majoritários do PT, que torciam o nariz pra Erundina, Plinio foi leal durante a campanha (como Brizola faria com Lula em 89), e parceiro durante o difícil mandato de Erundina na Prefeitura.