A Intersindical, as Pastorais Sociais, a Conlutas e mais um conjunto de entidades e os partidos de esquerda – PSOL – PCB e PSTU – organizam o ato de 1º de maio na Praça da Sé. O ato está previsto para começar às 10 horas, após a missa do trabalhador na Catedral de São Paulo.
O 1º de maio na Praça da Sé tem se notabilizado como um ato independente, classista, organizado com recursos próprios, sem o patrocínio do governo e de empresas. Tem sido o contraponto aos megashows, sorteios de casas e de carros feito por outras centrais sindicais que distorcem o caráter do 1º de maio, que maculam seu sentido histórico de um dia de luta e resistência da classe trabalhadora em todo o mundo.
O 1º de maio da Praça da Sé celebra a rica história de luta dos trabalhadores e trabalhadoras, leva as reivindicações imediatas e históricas da nossa classe e não abre mão de manter uma organização independente sem dinheiro dos patrões e do governo para tutelar nossas ações.
O PSol convoca toda sua militância para estar presente no 1º de maio. Nosso pré-candidato Plínio de Arruda Sampaio estará presente, assim como nossos deputados, Ivan Valente, Raul Marcelo e Carlos Giannazi. Nossos ativistas sindicais estão juntos na organização desta atividade, contribuindo para manter o 1º de maio de luta como referência para a classe trabalhadora.
É fundamental também fortalecer essa convocatória, convidar os amigos e ativistas de seu local de trabalho, estudo e moradia, ajudar a preparar a presença do PSol no ato com faixas, bandeiras e cartazes.
O PSol estará presente também nos atos regionais de 1º de maio, como na cidade de Campinas. Outras cidades do interior do Estado também farão atos locais com o mesmo caráter do ato na Praça da Sé, o PSol estará presente nestes atos.
Todas e todos ao 1º de maio na Praça da Sé.
Leia abaixo a íntegra do texto do panfleto impresso e as entidades que assinam a convocatória do 1º de maio de luta na Praça da Sé.
1º de Maio não é dia de festas, showmícios ou sorteios, 1º de Maio é dia de luta e luto ! Luto porque em 1886 milhares de trabalhadores saíram às ruas de Chicago nos EUA por melhores condições de trabalho, dentre elas a redução da jornada para 8 horas. Foi uma grande greve geral violentamente reprimida com várias prisões, dentre estas a de cinco sindicalistas que foram condenados à morte, estes ficaram conhecidos como os mártires de Chicago; sendo assim, o 1º de Maio é o dia dedicado a todos aqueles que tombaram lutando e também é a data onde os trabalhadores do mundo todo (menos nos EUA) saem às ruas por direitos e conquistas.
Ao invés de organizar as lutas dos trabalhadores, algumas centrais sindicais no Brasil, como a Força Sindical e a CUT, realizam neste 1º de Maio showmícios financiados pelas mesmas empresas e governos que atacam nossos direitos. Para nós o 1º de Maio é dia de lutar contra o capitalismo, denunciando as grandes empresas, os Estados e seus governos; e reafirmar a luta cotidiana para transformar a sociedade e continuar buscando a construção de uma sociedade justa e igualitária, a sociedade socialista.
A situação da maioria do povo brasileiro continua muito difícil, milhões de trabalhadores estão desempregados ou vivendo de bicos. Mesmo os empregados na maioria das vezes não recebem o suficiente para viver dignamente. Muitos vivem em moradias precárias e os serviços públicos estão completamente abandonados, a educação, a saúde, o transporte, a infra-estrutura. A violência e a falta de perspectiva da juventude preocupam e os recursos naturais estão sendo destruídos pela ganância do capital.
No Brasil, apesar dos discursos bonitos os governantes não investem nas políticas públicas, prejudicando os mais pobres. Ao invés de atender as reivindicações populares, o Estado criminaliza a pobreza e os movimentos sociais que lutam por vida digna.
Em São Paulo, Serra e Kassab não tem a menor preocupação social. Exemplo disso na cidade foi o que aconteceu com as áreas atingidas pelas enchentes (como o Jd. Pantanal na zona leste) e a política de expulsão da população em situação de rua das áreas centrais. No estado gastam-se milhões para iludir o povo dizendo que tudo está melhor, mas quem depende da saúde e do transporte público sabe o caos em que eles se encontram, além disso, na educação os professores tiveram que recorrer à greve para defender uma escola pública de qualidade.
Lula continua adotando a política do “para o capital tudo, para o social migalhas”. Os bancos nunca lucraram tanto enquanto isso suas reformas atacam direitos trabalhistas e previdenciários. Apesar de ter sido eleito com a esperança de mudar a realidade social e econômica da classe trabalhadora, ele se limita a utilizar as “bolsa isso, bolsa aquilo”, explorando a miséria popular.
Não podemos esquecer a dimensão internacionalista do 1º de Maio, somos solidários com o povo irmão do Haiti que sofreu com o terremoto, mas que continua sofrendo cotidianamente com a ocupação militar estrangeira (inclusive brasileira). Sem contar a ação imperialista dos EUA que se faz presente pelo mundo inteiro, de modo muito evidente no Haiti e no Oriente Médio, em particular na Palestina, no Iraque e no Afeganistão.
Por tudo isso é que o 1º de Maio de Luta é na Sé !
Fórum das Pastorais Sociais e CEBS da Arquidiocese de São Paulo – INTERSINDICAL – CONLUTAS – MTST – ANEL – CONTRAPONTO – MUST – SEFRAS – Padres Oblatos de Maria Imaculada – Casa da Solidariedade – Fórum dos Trabalhadores Desempregados – Tribunal Popular – Fórum Popular de Saúde – Espaço Cultural Carlos Marighela – Instituto Zequinha Barreto – Circulo Palmarino – PCB – PSTU – PSOL