Por Rodrigo Ávila – da assessoria da liderança do PSOL na Câmara dos Deputados
Nesta semana, o governo anunciou que procurará blindar o país num ano eleitoral, ou seja, garantir ao mercado a continuidade da atual política econômica, baseada em “responsabilidade fiscal e monetária”. O governo pediu que os empresários devam exigir dos candidatos a presidente o compromisso com a “manutenção das políticas bem-sucedidas”. Ou seja: dessa forma, busca-se retirar completamente da discussão eleitoral qualquer proposta alternativa à política atual.
Em primeiro lugar, cabe esclarecer o que significa “responsabilidade fiscal e monetária”. Na visão do governo, signfica superávits primários e altas taxas de juros, que em bom português significa continuar destinando centenas de bilhões de reais do orçamento público para os pagamentos da dívida, enquanto as áreas sociais sofrem sem recursos. Isso é responsabilidade?
Cabe ressaltar também que, se os candidatos à eleição tiverem de defender a atual política econômica, a eleição simplesmente não tem sentido algum.