Levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 2.014,73 em outubro, para suprir suas necessidades básicas e da família. A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do País.
Com base no maior valor apurado para a cesta, de R$ 239,82, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,85 vezes superior ao piso vigente, de R$ 415.
Em setembro, o valor do salário mínimo necessário era menor, de R$ 1.971,55, e correspondia a 4,75 vezes o mínimo em vigor. Em outubro de 2007, o salário mínimo necessário foi estimado em R$ 1.797,56 e correspondia a 4,73 vezes o mínimo oficial da época, de R$ 380.
De acordo com o Dieese, com a predominância de alta nos preços dos produtos básicos nas localidades pesquisadas e a inclusão de mais uma capital na pesquisa (Manaus) com custo acima da média, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta básica na média das 17 localidades correspondeu, em outubro, a 109 horas e 34 minutos. Em setembro, para as 16 cidades consideradas, a jornada necessária ficava em 106 horas e 21 minutos. Em outubro de 2007, também considerando 16 capitais, o tempo de trabalho necessário era bem inferior, correspondendo a 99 horas e 19 minutos.
Fonte: Agência Estado