O nosso partido lançou candidaturas em todos os estados da federação e é a agremiação partidária com mais candidatos majoritários neste pleito. Ao mesmo tempo isto representa o esforço para se criar as bases sólidas de uma alternativa de esquerda e é produto do crescimento partidário dos últimos tempos, especialmente nas eleições de 2012.
Por Luiz Araújo
As recentes pesquisas estaduais divulgadas pelo Ibope já mostram que nossos candidatos a governador e senador cativam crescente parcela do eleitorado. Os resultados são animadores, com destaque para o fato de pontuarmos em todos os estados pesquisados.
Quero destacar o desempenho do companheiro Toninho, nosso candidato a governador no DF. As eleições no Distrito Federal estão indefinidas, o candidato que lidera a disputa no momento deve ser cassado e o PSOL tomou a dianteira nesta batalha pela moralidade nas eleições. Considerando a margem de erro entre os demais candidatos, nosso candidato tem todas as possibilidades de disputar uma vaga no segundo turno.
Como todos sabem a disputa eleitoral em nosso país continua sendo dominada pelas grandes máquinas partidárias, todas financiadas por generosas doações empresariais, aliás, o termo doação é indevido, melhor seria usar o termo “investimento”, por que depois das eleições os prováveis eleitos retribuem de forma ainda mais generosa o “empréstimo” feito neste período pelas empresas. E nós cidadãos pagamos a conta deste relacionamento promíscuo entre partidos e grandes grupos econômicos.
O tempo de TV é desproporcional e beneficia os grandes partidos. Mas o PSOL nos seus dez anos de existência tem mostrado que é possível remar contra a maré. Foi com pouco tempo de TV e sem dinheiro dos grandes grupos que Marcelo Freixo, deputado estadual pelo PSOL-RJ, obteve 29% dos votos nas últimas eleições no Rio de Janeiro. E da mesma forma Edmilson Rodrigues, deputado estadual no Pará, foi para o segundo turno em Belém e Clécio Luis conseguiu vencer o crime organizado em Macapá.
A nossa militância está nas ruas, nas vilas, nas favelas, nas ocupações, nas mobilizações, em cada esquina ou escola deste país fazendo a diferença. Enquanto os demais partidos pagam segmentos empobrecidos da população para segurar bandeiras nas esquinas e vigiar cavaletes nas ruas principais das cidades, nossa militância aguerrida ergue bem alto a bandeira da luta por mais direitos.
O maior reconhecimento da população de que o PSOL é necessário e uma alternativa de esquerda é viável se expressará em um aumento de nossa representação parlamentar (senador, deputados federais, estaduais e distritais) e numa maior presença de nossos candidatos majoritários. A recepção que Luciana Genro, nossa candidata à Presidência, tem tido nos estados que já visitou é sintomático deste crescimento partidário.
A luta está apenas no início e seremos vitoriosos, com certeza!
Luiz Araújo é presidente nacional do PSOL