O PSOL apoiará e participará das referidas mobilizações. Consideramos as reivindicações justas e denunciamos a falta de respostas concretas dos governos, especialmente do federal, para as demandas apresentadas em junho de 2013
Em junho do ano passado o povo brasileiro, especialmente sua juventude, ocupou as ruas do país. Portando cartazes e de forma espontânea a população mostrou grande insatisfação com os limites de democracia brasileira e com a falta de condições de vida, especialmente de mobilidade urbana, saúde e educação.
A insatisfação popular escolheu como símbolo dos desmandos governamentais os abusivos gastos com a realização da Copa da FIFA, contrapondo estes à precária situação dos serviços de transporte, saúde e educação. Estádios superfaturados, obras urbanas prometidas e não realizadas, remoções de moradores e uma legislação que concede a uma entidade privada privilégios dentro do país.
O PSOL foi o único partido que votou contra a Lei Geral da Copa e está enfrentando as tentativas conservadoras de criminalizar os movimentos sociais, por meio de uma nova lei de segurança nacional.
A insatisfação popular tem se materializado numa vigorosa e promissora retomada das lutas sociais. Exemplo disso são as greves que estão ocorrendo de norte a sul do país, muitas vezes por fora das atuais estruturas sindicais e a disposição de lutas dos movimentos que reivindicam moradia, que voltaram a ocupar prédios e terrenos ociosos e cobrar o direito à cidade de forma plena.
Os diversos movimentos sociais, muitos dos quais surgidos a partir da exitosa experiência das Jornadas de Junho, estão convocando o povo brasileiro para protestar contra os gastos abusivos realizados com a Copa da Fifa e exigindo o atendimento das reivindicações por melhorias na mobilidade, saúde, educação e um outro formato de participação política, que supere o corroído sistema eleitoral brasileiro e sua governabilidade erguida no financiamento privado de campanha.
O PSOL apoiará e participará das referidas mobilizações. Consideramos as reivindicações justas e denunciamos a falta de respostas concretas dos governos, especialmente do federal, para as demandas apresentadas em junho de 2013. Não aceitaremos a criminalização dos movimentos sociais.
Não há contradição entre torcer pelo Brasil e lutar pelos direitos do povo brasileiro. Aliás, é a melhor forma de sermos fortes e termos direitos fortes e universais.
Luiz Araújo
Presidente Nacional do PSOL