Militantes do PSOL SP reelegeram o atual presidente, vereador Paulo Bufalo para a segunda gestão. A escolha ocorreu neste domingo, 20, durante o IV Congresso Estadual, na capital paulista. O encontro reuniu 410 delegadas e delegados representando 170 municípios do interior, litoral, capital e a Grande São Paulo.
O Congresso também aprovou um conjunto de resoluções sobre conjuntura nacional e estadual, balanço da atual gestão, plano de lutas, construção partidária, eleições 2014 e setorias (o conjunto das resoluções estarão disponíveis no site estadual nos próximos dias). A resolução nacional reafirmar o papel das lutas sociais: “as manifestações de massa que ocorreram em junho de 2013, durante a Copa das Confederações, recolocaram no centro da agenda política nacional a demanda pela ampliação dos direitos sociais, contra a corrupção na política e pela ampliação da democracia com participação popular. A força das ruas ampliou o espaço para a defesa de transformações estruturais e o combate aos interesses privados que dominam a política e a economia brasileira.”
A resolução também destaca o papel do PSOL de oposição de esquerda e programática ao governo Dilma e reafirma a necessidade do partido apresentar uma candidatura própria à presidência da República, sintonizada com as lutas de ruas e capaz de expressar um programa de mudanças apoiado nas mobilizações sociais.
A resolução sobre balanço da gestão estadual destacou o crescimento do partido no estado e o aumento da nossa presença militante em dezenas de cidade, bem como o funcionamento democrático dos espaços de direção do partido.
Já em relação à construção partidária, a questão central foi reafirmar a concepção de um partido de massas, democrático e socialista, que invista na formação política da militância, na organização de núcleos, diretórios municipais e setoriais.
O Congresso também aprovou um Plano de Lutas com as principais campanhas travadas no Estado de São Paulo e no Brasil como a luta pela Tarifa Zero, o combate à criminalização dos movimentos sociais e a defesa da desmilitarização da PM.
As propostas apresentadas pelos setoriais, seis ao todo, foram aprovadas por aclamação pelo plenário. Ao final do Congresso também foram aprovadas uma série de moções, como a defesa dos direitos indígenas e a solidariedade ao povo palestino. Uma moção em especial ganhou destaque no plenário, a defesa das prefeituras de Macapá e Itaocara que estão sob fortes ataques de setores da direita, essa moção foi aprovada pela maioria dos delegados e delegadas.
O encontro contou com a presença do presidente nacional do PSOL, deputado federal-SP Ivan Valente, deputado estadual-SP, Carlos Gianazzi e do mais recente filiado, professor de filosofia da Universidade de São Paulo, Vladimir Safatle.
As resoluções de São Paulo, assim como de outros estados, serão incorporadas ao Congresso Nacional, que ocorre de 29/11 a 02/12, em Brasília.
Chapas
Três chapas foram inscritas para a disputa da direção estadual e para a eleição de delegados ao IV Congresso Nacional do PSOL.
Chapa 1 – Unidade Socialista – 231 votos – 57% – 23 membros no diretório – 47 delegados
Chapa 2 – Para o PSOL Continuar Necessário – 10 votos – 2% – 1 membro no diretório – 2 delegados
Chapa 3 – Bloco de Esquerda – 168 votos – 41% – 17 membros no diretório – 35 delegados
Desafios
Paulo Bufalo aponta os principais desafios para o próximo período do PSOL-SP – na organização interna, a principal delas é implementar a política de finanças. “O partido depende de contribuição militante, por isso é essencial organizar essa situação”, afirma.
Entre outras medidas, o PSOL-SP pretende ampliar a presença da direção no interior do estado para criar uma relação direta com a base; contribuir no enfrentamento de questões políticas peculiares dos municípios e no combate a corrupção.
“Para a política externa, vamos reafirmar nossa posição contra as privatizações da saúde e educação que vem ocorrendo no estado, buscar identidade com os movimentos e apoiar a reforma política que está no Congresso”, explica.
Balanço
No balanço de sua gestão (2011/2013), Paulo Bufalo diz que o partido cresceu no estado, “estamos ocupando mais espaços institucionais e nos movimentos sociais, por termos consolidado a organização interna. O partido deu um salto na questão da organização nos municípios, mas precisamos avançar mais e trazer outros lutadores sociais para o PSOL, avalia.