1. Lula venceu as eleições no primeiro turno com mais de seis milhões de votos de vantagem. Faltaram 1,57% dos votos para terminar a eleição no primeiro turno. Esse triunfo se mostra ainda mais relevante quando consideramos que enfrentamos um adversário que fez uso de recursos absolutamente desiguais. Além de mudar a Constituição para poder despejar recursos públicos entre os mais pobres, Bolsonaro fez uso do Orçamento Secreto durante a campanha, além de disseminar o medo e a violência contra seus adversários.
2. A vitória de Lula no primeiro turno, portanto, é incontestável. Ainda mais se considerarmos que, pela primeira vez na história, um presidente em pleno exercício do mandato termina o primeiro turno em segundo lugar. Mas essa vitória não pode esconder o fato de que o bolsonarismo também mostrou força, especialmente nas eleições para o Senado e em estados numericamente expressivos, como RS, MG, SP e RJ. Essa força inviabilizou uma vitória de Lula no primeiro turno.
3. Isso demonstra que enfrentaremos um segundo turno duríssimo, como já ficou evidente nos primeiros dias de campanha. A “guerra religiosa” travada no submundo dos grupos de mensagens é só um retrato do que iremos enfrentar. Por isso, o apoio de candidatos derrotados no primeiro turno é tão importante. Até aqui, já declaram apoio a Lula as candidaturas de Simone Tebet (MDB), Ciro Gome (PDT), Leo Péricles (UP), Vera (PSTU) e Sofia Manzano (PCB), além de partidos como o Cidadania.
4. Mas esses apoios em si não são suficientes. É preciso seguir dialogando com os eleitores que optaram por outra candidatura de oposição no primeiro para garantir esses votos. No segundo turno, o único candidato de oposição a Bolsonaro é Lula. E todos aqueles que quiserem um Brasil minimamente democrático devem apoiá-lo. Por isso a mobilização é chave. Precisamos seguir atuando para garantir a vitória de Lula.
5. O PSOL saiu fortalecido. A ampliação de sua bancada federal; a presença de nossas primeiras deputadas federais indígenas, Sônia Guajajara e Célia Xakriabá, assim como de nossa primeira deputada federal trans, Erika Hilton; o crescimento da bancada de deputadas e deputados estaduais; as votações expressivas de candidatos e candidatas a governo e Senado; a extraordinária votação de Guilherme Boulos – mais de 1 milhão de votos; Eleição de Taliria Petrone e Renata Souza, duas mulheres negras, como as deputadas mais votadas da esquerda no Rio de Janeiro; a reeleição de Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim, Glauber Braga, Luiza Erundina e a eleição de Tarcísio, Chico Alencar e Henrique Vieira;
6. Em São Paulo o partido cresce sua bancada estadual com Carlos Giannazi, Bancada Feminista, Ediane Maria, Monica do Movimento Pretas e Guilherme Cortez.
7. Tarcísio de Freitas, candidato do Bolsonaro ao governo de São Paulo, termina o primeiro turno com 42,3% dos votos contra 35,7% de Fernando Haddad, urgente unir forças para virar o resultado no estado e derrotar o projeto da direita.
8. Para isso, apontamos as seguintes iniciativas:
– Mobilização permanente da militância do partido para a campanha Lula Presidente e Hadadd Governador;
– Orientação para que os diretórios municipais, e sedes regionais, se tornem espaços de mobilização das campanhas;
– Orientação para que os diretórios municipais solicitem passe livre no dia da eleição, apresentando ofício para a defensoria pública e prefeitura, podendo ser apresentado por vereadores locais.
– Ocupar com nossas candidatas e candidatos eleitos, estaduais e federais, todos os espaços de imprensa possível, atividades de rua e redes sociais para fortalecer o chamado à mobilização da campanha Lula Presidente e Haddad Governador.
Executiva Estadual PSOL/SP
07 de outubro de 2022