Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) é Ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro e apontado como um queridinho do presidente. Sua carreira se iniciou como militar, sendo formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e pelo Instituto Militar de Engenharia (IME). Ingressou na política no governo de Dilma Roussef, trabalhando no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Segundo a revista Exame (2019), tem status de superministro no governo, assim como Paulo Guedes, e sua atuação é motivo de elogios constantes por parte do presidente e do mercado financeiro. Isso ocorre porque o Ministro tem uma obsessão: entregar o patrimônio público nacional a preço de banana para megaempresários da iniciativa privada. Sua gestão é marcada por dezenas de concessões e privatizações prejudiciais à soberania nacional.
Em 30 de março, bateu o último martelo de privatização na gestão de seu cargo: vendeu a Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo) por 106 milhões de reais, na primeira desestatização portuária do Brasil. A título de informação, essa privatização da rede portuária capixaba vai gerar fuga de cargas, aumento de tarifas, perda de arrecadação municipal e estadual, redução do mercado de trabalho e desemprego de centenas de trabalhadores portuários que pode afetar mais de 4 mil famílias.
Para São Paulo, podemos esperar do pré-candidato bolsonarista as mesmas diretrizes que nortearam sua passagem pelo governo federal, ou seja, uma sanha privatista que pode pôr em risco, inclusive, as áreas sociais como educação e saúde. Fora isso, Tarcísio está alinhado com o discurso antidemocrático e ultraconservador do presidente. Por último, seu partido, o Republicanos, antigo PRB, é guarda-chuva de conhecidos processados e condenados por corrupção, como Marcelo Crivella, ex-prefeito do Rio, preso em 2020 acusado de comandar o chamado “QG da Propina”. Por essas e outras, Tarcísio deve estar bem longe do governo paulista.
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*A série Biografia buscará apresentar a biografia dos candidatos nas eleições de 2022 a partir de um ponto de vista crítico e de esquerda. Curta e compartilhe para ampliar o debate nas redes!