Hoje (29/03) é dia de greve na rede pública estadual de ensino do Estado de São Paulo. Os professores e professoras estão lutando contra o PL 03/2022 do governo de João Doria, que visa acabar com a carreira docente e implementar um subsídio único, extinguindo umas porção de direitos trabalhistas.
A substituição do modelo de remuneração atual por esse tal subsídio significa um retrocesso nas conquistas históricas da categoria e um avanço na destruição da escola pública. Doria tenta enganar a categoria prometendo um reajuste salarial de 73% caso seja implementado o novo modelo, mas faz uso de uma maquiagem numérica para isso, tendo em vista que com a perda de direitos e os descontos em folha haverá, na verdade, uma redução salarial com aumento de jornada de trabalho.
A situação dos professores e professoras ganha contornos ainda mais dramáticos neste cenário econômico de inflação nas alturas e pandemia, o que diminuiu drasticamente o poder de compra dos trabalhadores e tornou o trabalho mais estressante. E professor mal remunerado, estressado e insatisfeito com o trabalho significa educação prejudicada. Pelo contrário, o governo deveria reconhecer o trabalho desses profissionais concedendo mais salário e direitos.