A polícia militar de João Dória executou Lucas Henrique Vicente, de 27 anos, na frente de sua família no último domingo (20/02) no bairro da Brasilândia, zona norte da capital paulista. O homem negro saía de carro com a esposa, dois filhos e uma afilhada quando foi abordado pelos policiais, que solicitaram seus documentos.
Ao G1, a esposa da vítima, Letícia Ariel do Carmo, informou que a polícia agiu com truculência e racismo na abordagem, chamando o comerciante de “macacão” e dizendo que “preto tem que morrer”. Lucas reagiu à abordagem e quando já estava imobilizado foi alvo de três tiros disparados dos PMs.
Além de uma ação covarde por parte dos policiais, pois o homem já estava imobilizado, a ação foi um flagrante extermínio gravado pela câmera de um celular. É mais um caso, dentre milhares que ocorrem todos os anos, de execução sumária de um trabalhador negro, ampliando as estatísticas alarmantes do genocídio que essa parcela da população sofre.
Os PMs foram afastados e um inquérito policial foi aberto, mas nada vai apagar a dor da família de Lucas. O homem e a esposa eram proprietários de um bar no bairro de Taipas. O PSOL-SP exige uma investigação imparcial e a punição dos responsáveis pela morte do homem e continuará lutando para que esse genocídio acabe.