Na manhã de ontem, sábado, dia 18 de janeiro, nas imediações do Paço Municipal, enquanto a Ministra Damares Alves visitava o Prefeito Airton Garcia, um grupo de manifestantes foi covardemente agredido por apoiadores do Governo Bolsonaro, sendo inclusive incentivados por um vereador da cidade. Aos gritos de “não podem se manifestar aqui, não” e “se passar daqui vão levar porrada”, o vereador demonstrou ignorar completamente as bases sobre as quais foi construída a Democracia. Seus seguidores, autointitulados cristãos, desferiram ofensas raivosas e agrediram fisicamente alguns manifestantes. Foi sob constante intimidação que os manifestantes, em sua maioria LGBTs e incluindo alguns militantes do PSOL São Carlos, resistiram pacificamente em defesa de seu direito à livre manifestação, e contra as declarações LGBTfóbicas e machistas da ministra.
O PSOL São Carlos repudia veementemente este e outros episódios de violência causada pelo ódio, e principalmente pelo incentivo de políticos como o vereador acima citado, bem como do próprio presidente da república, que de forma recorrente defende a aniquilação física de seus opositores. Repudiamos também a ação da Polícia Militar, que negligenciou a necessidade de intervenção para mitigar as agressões e não prestou assistência às vítimas. Entendemos que é papel do Estado, e não de um grupo de civis organizados, garantir o cumprimento da lei. Qualquer atuação que se aproxime de delegar o poder de polícia a outros cidadãos, é uma prática antidemocrática e de tendência fascista.
Prestamos total solidariedade aos manifestantes e nos colocamos à disposição para que as medidas legais cabíveis sejam tomadas o mais breve possível. E exigimos um posicionamento oficial da Câmara dos Vereadores de São Carlos sobre participação do parlamentar nesta ação violenta. Continuamos juntos na luta por uma sociedade democrática, onde todos possam se manifestar livremente.
PSOL São Carlos
19/01/2020