Na manhã de terça-feira, 28 de junho, o deputado Raul Marcelo participou da segunda reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), organizada para investigar as denúncias de irregularidade relacionadas à compra de merenda escolar em São Paulo.
O presidente da Comissão, deputado Marcos Zerbini (PSDB), nomeou, sem eleição, o deputado Estevam Galvão (DEM) para a função de relator da CPI – mais um nome da base aliada do governo, reforçando a blindagem do Governo do Estado no processo de investigação.
Mesmo fora da CPI, o deputado Raul Marcelo defendeu a prioridade da apreciação dos Requerimentos de Convocação. O presidente da CPI defende um formato “etapista” de investigação, adiando o processo e fazendo com que a convocação das pessoas envolvidas nas denúncias seja protelada.
Para Raul, não é necessário esperar a chegada da documentação para que sejam iniciados os depoimentos das pessoas envolvidas. “A chegada dos documentos é importante, mas as oitivas são fundamentais. Nós queremos ouvir o empresário que informou, em delação premiada, que o presidente da Assembleia Legislativa recebia 10% de propina em contratos”, defendeu Raul durante a reunião.
No começo de junho, Raul apresentou três Requerimentos de Convocação em que pede para ouvir, durante a CPI, os depoimentos do servidor da Assembleia, Jeter Rodrigues Pereira, do presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) até 2015 – época em que é alvo de investigações -, e o lobista e um dos principais operadores do esquema de desvio de recursos públicos destinados à merenda, Marcel Ferreira Julio.