Os militantes do PSOL de Itatiba foram protagonistas de uma ação que barrou um projeto de lei que pretendia aumentar as regalias em favor dos cargos de confiança e em detrimento dos funcionários públicos de carreira. O PL 29/2015 criaria 400 cargos comissionados em uma cidade que tem apenas 110 mil habitantes, além de criar e extinguir outros cargos na cidade.
De autoria do prefeito João Fattori, do PSDB, o PL surgiu pois a justiça julgou inconstitucional municipal 4444/2012, que criou diversos cargos de confiança em 2012. Segundo o Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos da Câmara Municipal, Autarquias, Fundações e Prefeitura de Itatiba e Morungaba, “por não ter mais como nomear apadrinhados, o Sr. Prefeito encaminhou o Projeto de Lei 29/2015 para que os vereadores aprovem a contratação de mais comissionados sem concurso público, já que hoje o prefeito está proibido de nomear novos cargos”.
Por outro lado, o Sindicato aponta a necessidade da construção de um plano de carreiras para todo o funcionalismo público local. “O projeto 29/2015 cria regalias para uma minoria. A maioria dos servidores foi esquecida pela Prefeitura. A maneira correta de valorizar o servidor público é através de plano de carreira que traga critérios transparentes e impessoais.”
No sábado, 09/05, militantes do PSOL em conjunto com funcionários públicos concursados fizeram um churrasco em frente à Câmara dos Vereadores de Itatiba, contra a aprovação do projeto. Por força da pressão, o projeto foi engavetado. Mas Rui Fattori, irmão do prefeito e líder da base do governo declarou que entrará com recurso para que haja nova tramitação.
Veja vídeo com a reportagem sobre o PL 29/2015.
A prática de criar cargos comissionados em meio à crise não é novidade. Na Assembleia Legislativa, onde Fernando Capez (PSDB) foi eleito presidente tendo voto contrário somente dos deputados do PSOL, foram criados 244 cargos este ano.