César Ponce de Leon, que integrou os quadros da Alstom no Brasil, é acusado de conluio e fraude à licitações da CPTM em 2007 e 2008, no governo José Serra (PSDB); nome deverá ser lançado no cadastro da Interpol para buscas em todo o mundo.
Segundo matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na edição de hoje (24/4), o Ministério Público Estadual pediu à Justiça a prisão preventiva do executivo César Ponce de Leon – que integrou no Brasil a direção da multinacional francesa Alstom Transport -, por suspeita de envolvimento com o cartel dos trens em São Paulo. Leon é um dos 11 executivos de seis empresas nacionais e estrangeiras denunciados na semana passada por conluio em contratos e fraude a licitações de R$ 550 milhões da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em 2007 e 2008 (governo José Serra, do PSDB).
O cartel metroferroviário foi denunciado em 2013 pela multinacional alemã Siemens, em acordo de leniência firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Segundo a denúncia, o conluio teria operado entre 1998 e 2008, em São Paulo, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
A expectativa que fica em São Paulo é se as investigações vão de fato avançar ou não, já que o governo Alckmin está completamente blindado na Assembleia Legislativa que vem sistematicamente engavetando qualquer pedido de CPI. O governo conta também com a cobertura seletiva da chamada grande mídia, que não dá peso às notícias envolvendo a corrupção oriundas do trensalão.