O PSOL e toda a sua militância certamente saíram mais fortes nas eleições do último domingo (05). Tanto no âmbito nacional, quanto nos Estados, o partido cresceu consideravelmente, apesar das poucas condições financeiras e das pequenas estruturas de campanha das candidaturas, que não aceitam dinheiro de grandes empresas, de bancos, do agronegócio, de empreiteiras e dos donos dos meio de comunicação.
Leonor Costa, do PSOL Nacional.
Na disputa para a Presidência da República, Luciana Genro teve ótimo desempenho, ficando em quarto lugar, com uma votação superior à de Plínio de Arruda Sampaio, na eleição de 2010. Luciana obteve 1.612.186 votos, enquanto Plínio recebera 886 mil votos, 0,87% do total. A presidenciável do PSOL ficou bem à frente de Pastor Everaldo,
Eduardo Jorge e Levy Fidélix, com quem teve fortes embates nos últimos dois debates televisivos devido às defesas ultraconservadoras do candidato do PRTB, rebatidas com firmeza por Luciana.
“Nós dobramos a votação do PSOL em relação a 2010, o que demonstra que o partido continua crescendo de uma forma constante. Tivemos um aumento significativo nas bancadas estaduais e federais do PSOL, passamos de três a cinco deputados federais e, estaduais, passamos de seis para 12. É uma curva ascendente de votação no PSOL, fico muito satisfeita em ter contribuído para esse processo”, disse a candidata, em entrevista coletiva no último domingo, por volta das 20h10.
Apesar de não ter chegado no 2º turno, a campanha presidencial buscou representar aqueles que sonham com um Brasil mais justo, livre da homofobia, do machismo, do racismo, do sexismo, da exploração contra a classe trabalhadora, do monopólio dos meios de comunicação, da barbárie contra os povos tradicionais, da concentração de terra etc.
Além da expressiva receptividade de Luciana, nas urnas e nas ruas durante a campanha, o PSOL também saiu vitorioso na eleição de deputados federais e de deputados estaduais. O partido aumentou a sua bancada na Câmara Federal de três para cinco deputados. A partir de fevereiro do ano que vem, Ivan Valente, Chico Alencar e Jean Wyllys – todos reeleitos com votação expressiva em seus estados – contarão com o reforço de Edmilson Rodrigues, do Pará, e Cabo Daciolo, do Rio de Janeiro. Essa bancada, que foi considerada a melhor da Câmara por dois anos consecutivos pelo Congresso Em Foco, continuará não medindo esforços para combater o avanço do conservadorismo e enfrentar os representantes do agronegócio, das grandes empresas e dos barões da mídia.
Outro desempenho bastante expressivo e que reflete o crescimento do PSOL nessa eleição foi nas bancadas estaduais. Agora o partido contará com 12 bravos representantes em assembleias legislativas. Foram reeleitos Marcelo Freixo, sendo o mais votado no Rio de Janeiro, com 350.408 votos; Carlos Giannazi, em São Paulo, com 164.929; e Paulo Ramos, também do Rio de Janeiro, com 18.732 votos. Os novos deputados estaduais são: Eliomar Coelho (14.144 votos), Flávio Serafini (16.117 votos) e Dr. Julianelli (11.805 votos), do Rio de Janeiro; Edilson Silva (30.435 votos), de Pernambuco;Renato Roseno (58.887 votos), do Ceará; Raul Marcelo (47.923 votos), de São Paulo; Pedro Ruas (36.230 votos), do Rio Grande do Sul; Fabrício Furlan (4.294 votos) e Prof. Paulo Lemos (4.105 votos), ambos do Amapá.
Em todas as campanhas, o PSOL buscou encarnar o desejo de mudança dos milhões de brasileiros que saíram às ruas em junho de 2013. Certamente, os milhares de eleitores que depositaram a sua confiança votando em Luciana Genro e em seus candidatos aos governos estaduais, ao Congresso Nacional e às assembleias legislativas poderão seguir contando com o PSOL nas batalhas que virão.