Mais uma vez Maringoni se diferenciou dos demais candidatos por fazer um debate programático, apresentando propostas que se contrapõem tanto ao continuísmo tucano, quanto ao conservadorismo de Skaf e a linha cada vez mais moderada de Padilha. Maringoni tocou em questões estruturais ao denunciar o processo de privatização do Estado e o financiamento privado de campanhas que corrompe a democracia, causa uma enorme desigualdade no processo eleitoral e é fonte de corrupção.
Maringoni começou o debate lembrando de dois episódios de violência policial ocorridos na semana passada contra sem-tetos de uma ocupação no centro da capital e contra camelôs na Lapa, zona oeste da cidade, resultando no assassinato à queima-roupa de um trabalhador pela PM. “A polícia precisa ser menos violenta e não tratar os cidadãos como inimigos”, anotou, ressaltando a necessidade de uma política habitacional. “Cerca de 30% dos imóveis da capital estão desocupados, contra a Constituição e o Estatuto das Cidades.”
O candidato do PSOL também criticou Alckmin: perguntou a Benko sobre os erros na gestão da água do Estado e o que deveria ser feito diferente.
Maringoni destacou campanhas milionárias de seus adversários em contraste com a do PSOL, que não aceita financiamento. Ele também deixou claro que a política privatista que vem desde meados da década de 1980 está deixando um legado de destruição, corrupção e sucateamento dos serviços públicos.
Maringoni terminou o debate destacando a importância do voto 50, de eleger parlamentares do PSOL e que o partido tem feito a diferença no Congresso Nacional. Lembrou da atuação da nossa bancada federal e do deputado estadual Carlos Giannazi na Assembleia Legislativa de São Paulo como exemplos de deputados que não fogem à luta e que são apontados pela população como referências na atuação parlamentar.
Agora o próximo embate será na Globo, na próxima terça-feira, dia 30.