Parlamentares, lideranças e militantes do PSOL comentaram nesta terça-feira (8) a morte do ex-deputado federal Plínio de Arruda Sampaio (PSOL-SP), que morreu aos 83 anos, em São Paulo. Ele estava internado para tratar um câncer ósseo.
Luciana Genro, candidata do PSOL à Presidência da República
“Eu estava lá com a família dele, e justamente ele havia falecido alguns minutos antes. É uma notícia muito triste para todos nós do PSOL. Ele foi uma pessoa que se dedicou imensamente às causas em defesa do nosso povo. Fez um esforço enorme para representar PSOL nas eleições de 2010 e tenho muito orgulho de contar com o nome dele no manifesto em apoio a minha candidatura. Ele estava lúcido quando foi consultado para dar esse apoio. A gente tem muito orgulho de ter tido ele no PSOL e ele vai fazer muita falta.”
Gilberto Maringoni, candidato do PSOL ao governo de SP
Plínio tinha uma aparência de senador romano de filmes da Metro. Testa alta, nariz proeminente e olhar seguro. A voz calma e límpida e os gestos firmes não eram correspondiam à sua idade atual. Mesmo quando fazia um discurso incisivo contra o agronegócio ou em defesa de uma ação mais radicalizada por parte dos setores populares, pareciao mais moderado dos homens. No fundo, poderia ser definido como um radical tranqüilo. “Se não fizesse política, o câncer teria me levado”, ironizou ao se recuperar de um tumor no estômago, há quase dez anos.
Chico Alencar (PSOL-RJ), deputado federal
“A vida de Plínio foi plena. Nosso Plínio de Arruda Sampaio partiu no exato momento em que havia um Brasil inteiro reunido em torno de uma mesma expectativa. Ele queria ainda mais: um povo que pudesse transitar de seus desejos individuais, pequenos, para um sonho coletivo, de justiça e igualdade, realmente duradouro. Temos o dever de continuá-lo. Plínio e a luta por um Brasil solidário e fraterno vivem!” (pelo Facebook)
Ivan Valente (SP), deputado federal, líder do PSOL na Câmara
“Para mim, que fui companheiro do Plínio, desde a fundação do PT, e depois na ida para o PSOL, nós travamos uma luta na saída do PT, e sem dúvida é uma perda muito grande. Um grande companheiro, que foi, assim, um camarada que prestou grandes serviços ao povo brasileiro. E mais do que isso, é uma referencia para a juventude brasileira, aos 83 anos, fez coisas memoráveis para o PSOL. Além de ser um amigo, camarada, irmão.”
Marcelo Freixo (RJ), deputado estadual
Nas eleições de 2010, estive com Plinio Arruda Sampaio, candidato à Presidência da República, aqui no Rio. Depois de uma atividade de campanha, fomos entrevistados por uma jornalista. Ela perguntou ao Plínio quais foram os melhores anos de sua vida. Ele respondeu, sem titubear: “os melhores anos serão os que virão”.
Plínio me emocionou muito ao dizer isso. Ele tem uma longa e belíssima história, viveu muita coisa, mas, naquele momento, olhou para frente, para o futuro dos nossos sonhos. Ele foi e sempre será uma referência para nós. Por isso, rendo todas as homenagens a ele. Plínio é eterno porque suas ideias são eternas. (Facebook)
Luiz Araújo, presidente nacional do PSOL
“O PSOL se solidariza com os familiares de Plínio e ressalta que sentirá a ausência de um dos maiores lutadores socialistas e colaboradores do partido. Certamente, continuaremos levando adiante os ideais por justiça social, defendidos incansavelmente por ele.” (por nota oficial)
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), senador
“Eu estava acompanhando o estado de saúde dele. Ele teve uma pequena recuperação, mas nós já sabíamos que o estágio dele era de irreversibilidade. O Brasil perde um dos seus principais guerreiros do século XX e do início do século XXI. Era alguém que, no PSOL, e desde o PT, inspirada a todos nós. No PSOL era, com seus mais de 80 anos, o mais jovem de nós. […] É uma notícia muito triste, uma perda muito grande.”