A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, foi atingida por spray de pimenta enquanto fazia uma panfletagem na tarde desta sexta-feira (18/07), na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, em São Paulo. Dois policiais militares que passavam pelo local borrifaram spray de pimenta no grupo de mais de 100 pessoas, atingindo também militantes e candidatos e parlamentares, como o deputado federal Ivan Valente (PSOL), o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) e o professor Gilberto Maringoni, candidato do partido ao governo estadual. Além disso, dois jornalistas do SBT estavam no local e também foram afetados.
Os policiais dispararam o gás de pimenta para baixo, e quando as pessoas perceberam já estavam com dificuldades para respirar e com a garganta e os olhos irritados. Luciana Genro repudiou a ação em sua página no Facebook, onde afirmou que não será intimidada pela Polícia Militar. “Não nos intimidam com essa covardia. A cultura do abuso de poder da PM tem que ser enfrentada. Não podem agredir livremente. A luta segue!”.
A candidata qualifica a atitude da polícia como fascista. “Policiais com comportamento fascistóide são resultado de um governo fascistóide, que reprime protestos e demite grevistas”, declarou.
Alckmin tem que ser pronunciar sobre essa agressão
Diante deste ataque, a Coordenação da Campanha Presidencial do PSOL exigirá explicações e a apuração dos responsáveis por esta agressão, em audiência que será solicitada com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. “Nossa campanha foi agredida, eu pessoalmente fui atingida pelo gás, e não vamos deixar este fato passar em branco. É uma afronta à democracia e o governador Alckmin tem que se pronunciar”, declarou Luciana Genro.
O presidente do partido e coordenador geral da Campanha, Luiz Araújo, também se pronunciou. “O PSOL repudia esse atentado ao livre direito de expressar suas posições e tomará todas as medidas necessárias para identificar a autoria dos responsáveis por este ato autoritário e truculento” afirmou.