Partido vai pedir também investigação no Ministério Público.
O PSOL protocolou nova representação contra o deputado André Vargas, na Corregedoria da Câmara, nesta segunda-feira (07/04) cobrando abertura de investigação. Nesta terça (08), o partido vai entrar com representação no Ministério Público. O documento foi apresentado minutos após Vargas apresentar carta de solicitação de afastamento por 60 dias do mandato parlamentar, alegando problemas pessoais.
A representação na Corregedoria pede a apuração das denúncias envolvendo o deputado André Vargas e sua relação com o doleiro Alberto Youssef, preso em março para Polícia Federal por suspeita de movimentar cerca de R$ 10 bilhões em lavagem de dinheiro.
O PSOL solicita que sejam investigadas a utilização do avião particular pelo deputado André Vargas, a relação mantida entre o deputado e o doleiro e as condutas de André Vargas no âmbito do Ministério da Saúde, para favorecer o Labogen.
Para o PSOL, “a relação mantida [entre Vargas e Youssef] não é a da alegada amizade de 20 anos, mas sim envolvem negociatas e possíveis fraudes em processos administrativos, com a utilização da influência do Deputado André Vargas. Há a necessidade, portanto, de apuração dos fatos no âmbito da Corregedoria da Casa, com a contribuição da Polícia Federal, e, uma vez aprovado o parecer pela Mesa Diretora, a instauração de processo por quebra de decoro, no âmbito do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar”.
O líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente, conversou pelo telefone com o presidente da casa, Henrique Eduardo Alves, que disse que tomaria decisão ainda hoje sobre o assunto.