Na madrugada de terça-feira de Carnaval, logo após o encerramento do desfile do Bloco do Cupinzeiro, que percorre ruas do Distrito de Barão Geraldo em Campinas, cerca de 500 pessoas permaneceram na Praça do Coco, onde ocorria uma tradicional roda de samba com o Bloco do Souza.
Por volta de 2 horas da manhã o público, que envolvia integrantes dos dois blocos, a comunidade local e famílias com foliões de todas as idades e regiões da cidade, foram surpreendidos por uma ação truculenta e de forma injustificada da Polícia Militar do estado de São Paulo e da Guarda Municipal de Campinas.
Sem qualquer tentativa de diálogo, a GM e a tropa de choque da PM chegou ao local sorrateiramente, assumiu posição de ataque e passou a jogar bombas de gás lacrimogênio e atirar contra o público aleatoriamente.
Para quem tentou questionar a ação naquele momento, como foi o caso de uma advogada, foi ordenado, aos gritos, “vai para casa, amanhã você vai entender”.
No dia seguinte, alegou-se que GM e PM entraram em conflito com jovens que teriam depredado bens públicos e privados, em outro local do Distrito distante daquela Praça, numa tentaiva de justificar a ação violenta da madrugada anterior.
Consideramos que ações com esta, são cada vez mais comuns, pelo Brasil afora, tentando impor uma tal “ordem social” conservadora, elas não podem continuar ocorrendo impunemente.
Expressm a criminalização pelo Estado brasileiro de movimentos sociais; grupos culturais que destoam do senso comum; das manifestações que reivindicam direitos e denunciam os gastos de dinheiro público com a Copa; e de todos que incomodem o poder estabelecido e seus negócios.
Por tudo isso, o Partido Socialismo e Liberdade no estado de São Paulo, repudia a ação truculenta da tropa de choque da PM e da GM na Praça do Coco, Distrito de Barão Geraldo em Campinas.
Paulo Bufalo – Presidente Estadual PSOL SP