Na manifestação contra o aumento da tarifa que ocorreu no fim do dia de hoje, a Polícia Militar descumpriu o acordo de percurso que havia sido feito com os manifestantes. “Eu presenciei a conversa do Tenente Coronel Bem-Hur com o presidente do Diretório Municipal do PSOL, Maurício Costa. O policial elogiou a pacificidade do protesto e informou que estava autorizada a subida da Rua da Consolação. Entretanto, em cerca de dez minutos, as bombas começaram e a tropa de choque iniciou os ataques aos manifestantes”, informou o vereador Toninho Vespoli que acompanhou tudo de perto.
Na tarde de hoje, lideranças do PSOL, do Movimento Passe Livre e do PSTU se reuniram para escrever uma nota declarando que a manifestação teria, das suas partes, caráter pacífico (Veja abaixo). Na ocasião foi feito contato com a Polícia Militar e definido que o percurso da passeata seria do Teatro Municipal até a Praça Roosevelt.
No momento do ato, quando os manifestantes chegaram à altura da Praça Roosevelt, houve uma divisão, sendo que alguns queriam subir pela Consolação e outros ficar na Praça. Foi neste momento que se estabeleceu um novo acordo com o Tenente Coronel Bem-Hur que autorizou a subida da Consolação.
COMUNICADO
As organizações abaixo, proponentes do ato de hoje contra os aumentos da tarifa em São Paulo vêm a público comunicar que, a manifestação de hoje terá, de nossa parte, caráter pacífico. Frente a proximidade da copa das confederações e a candidatura de São Paulo à Feira Mundial, a prefeitura e o poder público em geral tem se sentindo acuados, e agora ameaçam o movimento com a prisão de lideranças e o recrudescimento da repressão.
Vamos às ruas hoje para lutar contra o aumento das tarifas, pela libertação dos presos políticos, tratados de forma brutal pela justiça, e para que seja encontrada uma solução para a questão. Ontem, dia 12/06 o MP chamou a prefeitura e o governo para uma audiência onde foi proposta um acordo, que suspenda o aumento e as manifestações. A negativa por parte do governo significará que não quer negociar.
Não aceitaremos as provocações da PM, sairemos às ruas de forma pacífica e propomos outro modelo de transportes para a cidade que garanta o direito de ir e vir para todas e todos os paulistanos. É possível conquistar a redução da tarifa, que consome a renda dos trabalhadores e impede a circulação pela cidade. Às ruas!